segunda-feira, 3 de junho de 2024

O LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPÍTULO V. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS.

 


O LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPÍTULO V.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS.

 

Jamais o Espiritismo admitiu que o dogma da reencarnação seria invenção moderna por parte de si. Este ponto fundamental foi extraído da doutrina de Pitágoras. Mais Pitágoras não foi o autor da metempsicose, onde ele colheu dos filósofos indianos e dos Egípcios a ideia, que poderia a alma do homem ser transmigrada para os animais e vice versa.

Mais esta ideia não atravessou as idades e não foi aceita pelas inteligências mais adiantadas, e nem pela nossa Doutrina que é a dos Espíritos.

Sendo assim os Espíritos acabaram ensinando o dogma da pluralidade das existências corporais, onde acabaram renovando uma doutrina que teve origem nas primeiras idades do mundo, até os nossos dias.

Apresentaram-na dentro de um ponto de vista mais racional, e de acordo com as leis progressivas da natureza, e mais com a harmonia de Deus, despojando assim todos os acréscimos da superstição.

Para os leigos, podemos informar, que a nossa crença se fundamenta, que podemos ao desencarnar, vir a reencarnar em novo corpo físico.

No nosso mundo existe pessoas que não aceitam esta ideia pelo único motivo de que ele não lhes convém, dizendo que lhes basta uma existência, e não desejam iniciar outra semelhante.

Pois é. A ideia da reencarnação existe porque não existe outra explicação do por que certas pessoas vem para sofrer, outras aleijados e outras não, uns ricos e outros pobres; só pode ser fruto dos seus plantios em outras encarnações.

Para tranquilizarmos as pessoas leigas, podemos dizer que a reencarnação não é assim tão rude, e que se estudassem a fundo não se assustariam. Saberiam que a nova existência depende muito de cada uma delas, onde poderão ser felizes ou desgraçados, segundo o quem tiverem feito na encarnação atual, coisas boas ou más. Jesus falou: “a cada um será dado segundo as suas obras”. Uma coisa também podemos deixar claro. Deus não castiga ninguém, e sim a pessoa se castiga sozinho, pois tudo é de acordo com a semeadura. Planta coisa boa, pode ir para um bom lugar. Se não plantar vai para um lugar dependendo até de ranger de dentes.

Agora Deus através da reencarnação, sempre dá uma oportunidade do ser humano se redimir, não havendo assim penas eternas. Só se pessoa persistir no erro ela não merecer outra coisa, pois sabe que está errada e continua errada.

Outra coisa que levantamos, que se não houver reencarnação, por certo não haverá mais existência corporal. Se a nossa existência corporal fosse a única, diríamos que a alma de cada criatura foi criada por ocasião do nascimento, a menos que admitamos a anterioridade da alma. Mais nesse casado perguntamos? O que era a alma e a onde ela estava antes do nascimento?

Outra coisa gostaríamos de perguntar:

1.Por que a alma revela aptidões tão diversas e independentes, das ideias adquiridas pela educação?

2.Da onde vem as aptidões de certas criaturas de pouca idade para esta ou aquela ciência, enquanto outras são medíocres por toda a vida?

3.Da onde veio as ideias inatas ou intuitivas, que não existem para outros?

4.Da onde vem para outras crianças os impulsos para vícios ou virtudes?

5.Por que certas pessoas independente de educação são mais adiantados que os outros?

6.Porque existe homens selvagens e civilizados?

7. Por que certos homens trazem consigo ao nascer, a intuição de que já havia adquirido algo, ou já estiveram em certos lugares? Só podem ter trazido conhecimentos de encarnações passadas.

Esta questão que uns vem mais adiantados e outros mais atrasados, não quer dizer que Deus da privilégio para alguns, e para outros não. Foi como foi dito no início por Jesus. A cada um será dado segundo as suas obras. Sendo assim quem pune é a lei das causas e efeitos. Lei da ação e reação. Tudo o que se planta se colhe.

Se estamos aqui é para nos redimirmos das nossas faltas, e buscarmos o rumo da perfeição do nosso Espírito, onde poderemos reencarnar em mundos mais adiantados do que o nosso.

No Evangelho tem uma passagem de Jesus que naquela época já explicava o princípio da reencarnação:

Descendo eles da montanha após a transfiguração, Jesus disse: “Não digais a ninguém o que viste, até que o filho do homem seja ressuscitado de entre os mortos”. Seus discípulos então o interrogaram, e lhes disseram:

- “Por que dizem os escribas que é necessário que Elias venha primeiro? E Jesus, respondendo lhes disse: -“Em verdade, Elias virá primeiro e restabelecerá todas as coisas. Mas eu vos declaro que Elias veio, e eles não o conheceram, antes o fizeram sofrer, tudo quanto quiseram. Assim eles também farão morrer o Filho do Homem”. Então entenderam os discípulos que era de João Batista que Ele lhes havia falado.

Ora, se João Batista era Elias, houve uma reencarnação do Espírito ou da alma de Elias no corpo de João Batista.

Uma coisa nós os Espíritas gostaríamos de dizer:

Que se adotamos a pluralidade das existências, não é somente porque ela veio dos Espíritos, porque nos parece a mais lógica e a única que resolve as questões até então insolúveis.

Que mesmo que ela viesse de um simples mortal, a admitiríamos, não se hesitando em renunciar às nossas próprias ideias. Que tudo o que vem da Espiritualidade é passada pela fé raciocinada, onde verificamos se existe a lógica.

Por outro lado reconhecemos que a Doutrina da pluralidade das existências é a única a explicar aquilo, que, sem ela é inexplicável.

As próprias palavras do Cristo nos dão está certeza, que está estampada no Evangelho Segundo São João, capítulo III:

1.Jesus respondendo a Nicodemos disse: “Em verdade, em verdade, te digo que, se um homem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. E Nicodemos lhe respondeu: “Como pode um homem nascer, quando está velho? Pode ele novamente entrar no ventre de sua mãe nascer pela segunda vez?”

Jesus lhe respondeu: “Em verdade, em verdade, te digo que, se um homem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. Não te maravilhes de Eu te haver dito: necessário vos é nascer de novo.

 

BIBLIOGRAFIA. O LIVRO DOS ESPÍRITOS. MATÉRIA DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

 

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