CAPÍTULO XIII.
A BENEFICÊNCIA.
Quer dizer: se
praticar o bem, o qual pode nos fazer felizes e também dar alegrias a
terceiros, que nem o remorso ou a indiferença pode nos atrapalhar. Enfim
colocarmos em prática o ato de sermos caridosos.
E foi assim
que o Espírito do Bispo de Bordéus, Adolfo de Argel, no ano de 1.861, nos diz
que a caridade vem a representar a palavra mais doce e sublime. E que devemos
coloca-la em prática, principalmente os nossos dirigentes de povos e outros,
que a praticando podem conduzir os povos e outros a felicidade, e com isso por
certo terão o apoio dos Bons Espíritos.
Que a
praticando podemos ter alegrias infinitas na vida futura, e que é nela que
encontraremos a paz e o amor, enfim o contentamento da nossa alma, o remédio
para as nossas aflições, embora devamos fazer as coisas sem querer nada em
troca.
Já o nosso
irmão São Vicente de Paulo, em Paris, em 1.858, conclama-nos para sermos
bondosos e caridosos, pois estes são as chaves da felicidade eterna, e que
devemos amar uns aos outros. Que para conseguirmos isso, é preciso deixarmos de
lado o egoísmo e a vaidade, e que deixando estes de lado podemos encontrar o
caminho da felicidade.
Esse irmão
pede para termos mais fé nos ensinamentos contidos no Evangelho Segundo o
Espiritismo, porque neste livro contém todas as leis Divinas, que podem nos
conduzir a termos mais fé, a qual por certo brilhará na nossa alma um raio
puro.
Este irmão, não
ousa falar do que ele tenha feito, mais conta o que ele fez para o alivio dos
seus semelhantes, e que outros Espíritos podem continuar a sua tarefa. E com
esta atitude, ele pode enxergar estes irmãos praticando a virtude que ele
recomendou, proporcionando a existência de devotamento e de sacrifícios.
Finalizando a
sua parte, ele pede para todos nós propagarmos a importância da caridade em
nossas vidas, que poderemos ter a recompensa na alegria Espiritual tanto na
vida atual como na futura.
Por outro
lado, numa mensagem de Cáritas, martirizada em Roma, Lião, no ano de 1.861, nos
informa que devemos seguir esta pratica da caridade, e que deve ser o objetivo
que todos devem visar.
Ele relata
que na sua vida viu tanta miséria, e lágrimas, e que procurou consolar mães
dizendo-lhes: “Coragem! Existem vários corações que velam por vocês, e não
sereis abandonadas; paciência! Deus esta aí és suas amadas, sois suas eleitas.
E repetiu: coragem, coragem!”
Com isso
acabou vendo que tinham fome, e que as palavras dele pareciam serenar os
corações delas. Viu uma mãe jovem que amamentava seu filho de uma forma
precária, e que ela levantou esta criança pedindo para que a protegesse. Que
viu também velhos sem trabalho e cedo no asilo, atormentados e envergonhados
pela miséria, mendigando e pedindo a piedade aos transeuntes.
Deixou dito também, que ele não impõe estas
palavras para ninguém, mais deixa para cada um de nós, dentro do nosso livre
arbítrio, fazer o que acharmos de melhor. Mais diz que a caridade é a que
estende as mãos pelos sofredores, tanto encarnados como desencarnados.
Ele inclusive
salienta que praticar a caridade existe várias maneiras de se praticar, e sim
que não devemos confundir com esmola.
Que podemos
praticar a caridade sim desde que queiramos, até com os nossos inimigos, mais
sempre tendo o cuidado para não ferir o amor próprio da pessoa.
Ele inclusive
relata que viu várias irmãs de diversas idades se juntarem, com a intenção de
trabalharem e com pressa, porque o inverno se aproximava e muitas pessoas poderiam
passar frio, onde dentro dessas, muitas mães poderiam se desesperar com seus
filhos por causa do frio. E com isso ele viu a presença de Deus fomentando esta
atitude, para praticarem a caridade sem querer nada em troca, e sim pelo belo
prazer de ser útil. Dentro destes viu também vários Espíritos Bons, inspirando
a praticada caridade.
Por outro
lado Um Espírito Protetor, Lião, em 1.861, narra que sempre vê pessoas deixando
de praticar a caridade, porque acham que são pobres, e estão esquecendo que a
caridade não se resume apenas em dar dinheiro, comida, e sim podem ser dadas
através de uma palavra amiga e outras mais.
Aqui deixa um
exemplo prático do que pode acontecer com qualquer um de nós:
Havia dois
homens que partiram desse mundo, um rico e um pobre. Deus deu um saco para cada
um dar o que podia. Chegando do lado de lá, o rico logo reconheceu o seu cheio
de moedas, e o pobre claro, reconheceu o seu que quase não tinha nada. Mas na
hora de pesar, o que mais pesou foi a do pobre, por ele deu o que não tinha
para dar e não deu esmolas, e sim praticou a caridade, e o outro deu
simplesmente o supérfluo que representava a esmola, e podia ter dado muito
mais.
O pobre foi
abençoado por Deus por ter praticado a caridade, dividindo coisas com os outros
sem ostentação, tendo praticado a caridade a indulgência para com o seu
semelhante.
Já o Espírito
de João em 1.861, em Bordéus, pergunta para aquelas mulheres que não necessitam
trabalharem, se não possuem um tempo para ajudar os menos felizes. Aquelas que
dormem ao relento, e passam fome, e que às vezes estão no leito de dor. Já para
as menos afortunadas. Aconselha que se juntem e trabalham em prol dessas
pessoas que estão em piores situações.
Outra coisa
que deixa claro, que o ouro e o dinheiro não são tecidos sob os dedos, mas que
podem se transformar em alimentos e outros para aqueles menos afortunados.
Conclama os
mais afortunados, como jogadores de futebol, artistas bem sucedidos e outros,
que a inteligência de cada um possa ajudar estas pessoas carentes de tudo.
Lembra ainda
que os tesouros do Céu são bem maiores do que os da Terra, e que lá haverão de
serem reconhecidos através da gratidão de Deus, que nunca deixa de reconhecer
aquilo que foi plantado.
Bibliografia:
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Mensagem escrita e interpretada pelo Médium
Getulio Pacheco Quadrado.
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