segunda-feira, 10 de maio de 2021

O ARGUEIRO E A TRAVE NO OLHO.

 


CAPITULO X. BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS: O ARGUEIRO E A TRAVE NO OLHO.

 

No capítulo VII, Vers. 3,4, e 5, o nosso irmão Mateus pergunta: “Por que vemos um argueiro no olho do nosso irmão, onde temos uma trave no nosso”? Ou como costumamos dizer, deixe-nos tirar um argueiro (cisco) do vosso olho, se nós temos uma trave no nosso? Pois é, com tudo isto ele nos adverte para que tiremos primeiro a trave do nosso olho, para depois querer tirar o argueiro dos outros.

E isto vem a ser uma grande verdade, a humanidade sempre enxerga os defeitos dos outros sem enxergar os seus. Para julgarmos os outros teríamos que trocar de lugar com aquele que enxerga os defeitos, e perguntarmos a nós o que faríamos no lugar deles, se alguém estivesse nos julgando como procederíamos? È impressionante o que o orgulho faz com uma pessoa que não consegue enxergar os seus defeitos, tanto moral como físico, aonde isto vem a ser contrário a caridade, porque a caridade orgulhosa vem a ser um contra senso. Somos obrigados a perguntar de novo, como pode uma criatura orgulhosa que age desta maneira chamar a atenção de outra pessoa, se ela se presta a fazer coisas desta maneira? O orgulho vem a ser o pai de muitos vícios e a negação de muitas virtudes, por isso nosso Mestre Jesus sempre condenou esta atitude por ser contraria ao progresso.

Devemos nos lembrar: Se admitirmos que somos orgulhosos ou tiver o defeito acima, e nada fizermos para sair desta, pecamos duas vezes, porque sabemos estar errados e continuamos a fazer.

Jesus foi claro: “Não julgueis, a fim de que não sejais julgados. Aquele que estiver sem pecado, lhe atire a primeira pedra”. Já no capítulo VII, Vers. 1 e 2, São Mateus comenta sobre estes últimos palavreados de Jesus, querendo dizer, que seremos julgados segundo tivermos julgados os outros, e com a mesma medida da qual nos servimos para com eles.

Já no capítulo VIII, vers. de 3 a 11, São João dá-nos como exemplo, aquela situação em que os Escribas flagraram uma mulher adultera e a colocaram no meio do povo, dizendo a Jesus:

” Mestre, esta mulher acaba de ser surpreendida em adultério: ora Moises ordena na lei para lapidar as adulteras”. Eles perguntaram a Jesus isto com o intuito de ter alguma coisa para acusá-lo, mas Jesus com a cabeça baixa escrevia com o dedo na terra, e como continuaram a interrogá-lo, Ele se ergueu e falou:” Aquele que dentre vós que estiver sem pecado que lhe atire a primeira pedra”. Com isso um a um foram se retirando, e assim Jesus acabou ficando somente com a mulher que estava no meio da praça, e então Jesus se levantou e disse: “Onde estão os vossos acusadores? Ninguém vos condenou”? Ela acabou lhe respondendo que não, e Jesus lhe disse: “Eu também não vos condenarei, ide, e no futuro não pequeis mais.”

Com todos estes exemplos, e das palavras de Jesus proferidas aos Escribas, nos faz lembrar da tolerância como um dever, onde ela nos ensina que não devemos julgar os outros mais severamente do que julgaríamos a nós mesmos, e nem condenarmos os outros o que desculpamos em nós. Devemos antes de censurarmos os outros, verificar se a mesma reprovação não poderia recair sobre nós.

A censura lançada sobre os outros tem seus motivos, como reprimir o mal ou desacreditar a pessoa pela qual se criticam os atos, sendo este último motivo não ter desculpas porque, vem a ser uma maledicência e de maldade.

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

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