O
LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPÍTULO X. LEI DE LIBERDADE.
LIBERDADE
NATURAL.
Não há posições no mundo em que o ser humano possa
gabar-se de gozar de uma liberdade absoluta, porque um necessita do
outro, assim como os pequenos como os grandes.
A condição em que o ser humano pudesse gozar
de liberdade absoluta, seria a do eremita no deserto. Desde que haja dois
seres humanos juntos, há direitos a respeitar e não terão eles, portanto,
liberdade absoluta.
A obrigação de respeitar os direitos alheios
tira do ser humano o direito de se pertencer a si mesmo, pois esse é um
direito que lhe vem da natureza.
A coisa se torna difícil em se conciliar as
opiniões liberais de certos seres humanos com o seu frequente despotismo no lar
e com os seus subordinados, é porque possuem a compreensão da lei
natural, mas contrabalançada pelo orgulho e pelo egoísmo. Sabem o que devem
fazer, quando não transformam os seus princípios numa comédia bem
calculada, mas não o fazem.
Quanto aos princípios que professaram nesta
vida se lhes serão levados em conta na outra, podemos dizer que quanto mais
inteligência tenha o ser humano para compreender um princípio, menos
escusável será de não o aplicar a si mesmo. O ser humano simples, mas sincero,
está mais adiantado no caminho de Deus do que aquele que aparenta o que
não é.
BIBLIOGRAFIA: O LIVRO DOS ESPÍRITOS. MATÉRIA DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO
PACHECO QUADRADO.
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