O LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPÍTULO X. LEI DE
LIBERDADE. LIBERDADE DE PENSAMENTO.
A liberdade de
pensamento como a de agir do Espírito é aprovada por Deus ao criá-lo.
A liberdade de pensar
é ilimitada, porem ninguém pode tolher o pensamento alheio, aprisionando-o. No
pensamento goza o ser humano de ilimitada liberdade, pois que não há como
pôr-lhe limite.
Por causa da
inferioridade e imperfeição de nosso povo, tenta-se conter a manifestação
exterior do pensamento, ou seja, a liberdade de expressão, porque, se existe
algo que escapa a qualquer opressão, é a liberdade de pensar. É por ela que o ser
humano pode gozar de liberdade absoluta.
Com o progresso
social, a liberdade tem evoluído especialmente como a liberdade de pensar,
porquanto atualmente já não vivemos na época dos tempos da Inquisição católica.
De século para século,
menos dificuldades tem encontrado o ser humano para pensar, e a cada geração
que surge mais amplas se tornam as garantias individuais no que toca à
inviolabilidade do foro íntimo. São bem distintas, assim, a liberdade de pensar
e a de agir, pois, enquanto a primeira se exerce com total amplitude, sem
barreiras, a última ainda padece de extensas e profundas limitações.
A liberdade de pensar,
conquanto ilimitada, depende, porém, do grau evolutivo de cada Espírito, da sua
capacidade de irradiação e discernimento. É que, à medida que o Espírito evolui,
desenvolve-se o seu senso de responsabilidade sobre seus atos e pensamentos.
Toda oposição exercida
sobre a liberdade de uma pessoa constitui sinal de atraso espiritual. A liberdade de consciência é um dos caracteres
da verdadeira civilização e do progresso.
A lei natural confere
a toda criatura humana a liberdade de pensar, falar e agir, desde que não
interfira nos direitos do próximo. Se o uso da liberdade tolhe a do outro, quem
assim age é alvo de punição, seja por parte das leis humanas, seja por parte da
Justiça Divina.
Na justiça divina o
limite da liberdade individual se encontra inscrito na consciência de cada
pessoa, o que gera para ela mesma o cárcere de sombra e dor, em que expungirá
mais tarde, mediante o impositivo da reencarnação, as faltas porventura
cometidas.
O limite de nossa
liberdade está onde começa a liberdade do outro. Em todas as relações sociais e
em nossas relações com nossos semelhantes, é preciso nos lembremos de
constantemente disto: Os seres humanos são viajantes em marcha, ocupando
pontos diversos na escala da evolução pela quais todos sobem. Nada
devemos, por conseguinte, exigir ou esperar deles, que não esteja em relação
com seu grau de adiantamento.
O Espírito só estará
verdadeiramente preparado para a liberdade no dia em que as leis universais,
que lhe são externas, se tornem internas e conscientes pelo próprio fato de sua
evolução.
No dia em que ele se compenetrar
da lei e fizer dela a norma de suas ações, terá atingido o ponto moral em que o
ser humano domina e governa a si mesmo.
Um povo só é verdadeiramente livre, digno de
usufruir da liberdade, se aprendeu a obedecer à lei interna, lei moral, eterna e
universal de um poder mais alto.
Sem a disciplina moral
que cada qual deve impor a si mesmo, as liberdades não passam de um logro;
tem-se a aparência, mas não os costumes de um povo livre. Estabelece o código
divino, com absoluta clareza: Tudo o que se eleva para a luz eleva-se para a
liberdade.
BIBLIOGRAFIA: O LIVRO DOS
ESPÍRITOS. MATÉRIA DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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