domingo, 26 de maio de 2024

O LIVRO DOS ESPÍRITOS.CAPITULO X.LEI DE LIBERDADE.LIBERDADE DE PENSAMENTO.


 

 

O LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPÍTULO X. LEI DE LIBERDADE. LIBERDADE DE PENSAMENTO.

 

A liberdade de pensamento como a de agir do Espírito é aprovada por Deus ao criá-lo.

A liberdade de pensar é ilimitada, porem ninguém pode tolher o pensamento alheio, aprisionando-o. No pensamento goza o ser humano de ilimitada liberdade, pois que não há como pôr-lhe limite.

Por causa da inferioridade e imperfeição de nosso povo, tenta-se conter a manifestação exterior do pensamento, ou seja, a liberdade de expressão, porque, se existe algo que escapa a qualquer opressão, é a liberdade de pensar. É por ela que o ser humano pode gozar de liberdade absoluta.

Com o progresso social, a liberdade tem evoluído especialmente como a liberdade de pensar, porquanto atualmente já não vivemos na época dos tempos da Inquisição católica.

De século para século, menos dificuldades tem encontrado o ser humano para pensar, e a cada geração que surge mais amplas se tornam as garantias individuais no que toca à inviolabilidade do foro íntimo. São bem distintas, assim, a liberdade de pensar e a de agir, pois, enquanto a primeira se exerce com total amplitude, sem barreiras, a última ainda padece de extensas e profundas limitações.

A liberdade de pensar, conquanto ilimitada, depende, porém, do grau evolutivo de cada Espírito, da sua capacidade de irradiação e discernimento. É que, à medida que o Espírito evolui, desenvolve-se o seu senso de responsabilidade sobre seus atos e pensamentos.

Toda oposição exercida sobre a liberdade de uma pessoa constitui sinal de atraso espiritual.  A liberdade de consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso.

A lei natural confere a toda criatura humana a liberdade de pensar, falar e agir, desde que não interfira nos direitos do próximo. Se o uso da liberdade tolhe a do outro, quem assim age é alvo de punição, seja por parte das leis humanas, seja por parte da Justiça Divina.

Na justiça divina o limite da liberdade individual se encontra inscrito na consciência de cada pessoa, o que gera para ela mesma o cárcere de sombra e dor, em que expungirá mais tarde, mediante o impositivo da reencarnação, as faltas porventura cometidas.

O limite de nossa liberdade está onde começa a liberdade do outro. Em todas as relações sociais e em nossas relações com nossos semelhantes, é preciso nos lembremos de constantemente disto: Os seres humanos são viajantes em marcha, ocupando pontos  diversos na escala da evolução pela quais todos sobem. Nada devemos, por conseguinte, exigir ou esperar deles, que não esteja em relação com seu grau de adiantamento.

O Espírito só estará verdadeiramente preparado para a liberdade no dia em que as leis universais, que lhe são externas, se tornem internas e conscientes pelo próprio fato de sua evolução.

No dia em que ele se compenetrar da lei e fizer dela a norma de suas ações, terá atingido o ponto moral em que o ser humano domina e governa a si mesmo.

 Um povo só é verdadeiramente livre, digno de usufruir da liberdade, se aprendeu a obedecer à lei interna, lei moral, eterna e universal de um poder mais alto.

Sem a disciplina moral que cada qual deve impor a si mesmo, as liberdades não passam de um logro; tem-se a aparência, mas não os costumes de um povo livre. Estabelece o código divino, com absoluta clareza: Tudo o que se eleva para a luz eleva-se para a liberdade.

 

BIBLIOGRAFIA:  O LIVRO DOS ESPÍRITOS. MATÉRIA DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.


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