sábado, 14 de outubro de 2017

ORIGEM E NATUREZA DOS ESPÍRITOS.

O LIVRO DOS ESPÍRITOS. PARTE PRIMEIRA. AS CAUSAS PRIMÁRIAS. CAPÍTULO I. DOS ESPÍRITOS. ORIGEM E NATUREZA DOS ESPÍRITOS.


Podemos definir os Espíritos como seres inteligentes da criação. Eles povoam o Universo, além do mundo material.
Comentário de Kardec:  Nota. — A palavra Espírito é aqui empregada para designar os seres extracorpóreos e não mais o elemento inteligente universal
Os Espíritos são seres distintos da Divindade, por que é sua obra, precisamente como acontece com um ser humano que faz uma maquina; esta é obra do ser e não ele mesmo. Sabemos que o ser humano, quando faz uma coisa bela e útil, chama-a sua filha, sua criação.  Pois bem, dá-se o mesmo com Deus: nós somos seus filhos, porque somos sua obra.
Os Espíritos tiveram princípio e se os Espíritos não tivessem tido princípio, seriam iguais a Deus; mas, pelo contrário, são sua criação, submetidos à sua vontade. Deus existe de toda a eternidade, isso é incontestável; mas quando e como ele nos criou não o sabemos. Podemos dizer que não tivemos princípio, e com isso entendemos que Deus sendo eterno, deva ter criado sem cessar; mas quando e como cada um de nós foi feito, eu repito, ninguém o sabe; isso é mistério.
Uma vez que há dois elementos gerais do Universo, o inteligente e o material. Podemos dizer que os Espíritos são formados do elemento inteligente, como os corpos inertes são formados do material.
Os Espíritos são individualizações do princípio inteligente, como os corpos são individualizações do princípio material; e a maneira dessa formação é que desconhecemos.
A criação dos Espíritos é permanente, o que quer dizer que Deus jamais cessou de criar.
Os Espíritos Deus os criou, como a todas as outras criaturas por sua vontade; mas repito ainda uma vez que a sua origem é um mistério.
Não seria certo dizer que os Espíritos são imateriais, pois não é o termo apropriado; incorpóreo, seria mais exato; pois devemos compreender que sendo uma criação, o Espírito deve ser alguma coisa. É uma matéria para a qual não dispomos de analogias, e tão eterizada que não pode ser percebida pelos nossos sentidos.
Comentário de Kardec: Dizemos que os Espíritos são imateriais, porque a sua essência difere de tudo o que conhecemos pelo nome de matéria. Um povo de cegos não teria palavras para exprimir a luz e os seus efeitos. O cego de nascença julga ter todas as percepções pelo ouvido, o olfato, o paladar e o tato; não compreende as ideias que lhe seriam dadas pelo sentido que lhe falta. Da mesma maneira, no tocante à essência dos seres super-humanos somos como verdadeiros cegos. Não podemos defini-los, a não ser por meio de comparações sempre imperfeitas ou por um esforço da imaginação.
Os Espíritos revestidos de perispírito são objeto desta referência. Pois sem o Perispírito nada tem de material.
Os Espíritos não tem fim, como tem com coisas que tiveram. Existem muitas coisas que não compreendemos porque a nossa inteligência é limitada; mas isso não é razão para as repelirmos. Exemplo: O filho não compreende tudo o que o pai compreende, nem o ignorante, tudo o que o sábio compreende. Nós te dizemos que a existência dos Espíritos não tem fim; é tudo quanto podemos dizer.

 BIBLIOGRAFIA: O LIVRO DOS ESPÍRITOS.

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