terça-feira, 8 de dezembro de 2020

DIREITO DE PROPRIEDADE.ROUBO,

 


O LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPÍTULO XI. LEI DE JUSTIÇA, AMOR E CARIDADE. DIREITO DE PROPRIEDADE. ROUBO.

 

O primeiro de todos os direitos naturais do ser humano é o de viver. É por isso que ninguém tem o direito de atentar contra a vida do semelhante ou fazer qualquer coisa que possa comprometer a sua existência corpórea.

O direito de viver confere ao ser humano de ajuntar o que necessita para viver e repousar, quando não mais puder trabalhar. Mas deve fazê-lo em família, como a abelha, através de um trabalho honesto, e não ajuntar como um egoísta. Alguns animais lhe dão o exemplo dessa previdência.

0 ser humano tem o direito de defender aquilo que ajuntou pelo trabalho. Deus não disse? “Não roubarás”; e Jesus disse: “Dai a César o que é de César”.

Comentário de Kardec: Aquilo que o ser humano ajunta por um trabalho honesto é uma propriedade legítima, que ele tem o direito de defender. Porque a propriedade que é fruto do trabalho constitui um direito natural, tão sagrado como o de trabalhar e viver.

O desejo de possuir é natural, mas quando o ser humano só deseja para si e para sua satisfação pessoal, é egoísmo.

 Entretanto, não será legítimo o desejo de possuir, pois o que tem com o que viver não se torna carga para ninguém.

 Há seres humanos insaciáveis que acumulam sem proveito para ninguém ou apenas para satisfazer as suas paixões. Acreditas que isso seja aprovado por Deus? Aquele que ajunta pelo seu trabalho, com a intenção de auxiliar o seu semelhante, pratica a lei de «amor e caridade e seu trabalho é abençoado por Deus”.

 O caráter da propriedade legítima só há uma propriedade: a que foi adquirida sem prejuízo para os outros.

Comentário de Kardec: A lei de amor e justiça proíbe que se faça a outro o que não queremos que nos seja feito, e condena, por esse mesmo princípio, todo meio de adquirir que o contrarie.

O direito de propriedade é sem limites, pois tudo o que é legitimamente adquirido é uma propriedade, mas, como já dissemos, a legislação humana é imperfeita e consagra frequentemente direitos convencionais que a justiça natural reprova. É por isso que os seres humanos reformam suas leis à medida que o progresso se realiza e que eles compreendem melhor a justiça. O que num século parece perfeito, no século seguinte se apresenta como bárbaro. 

 

BIBLIOGRAFIA: O LIVRO DOS ESPÍRITOS.

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