O livro dos Espíritos.
Capítulo III.limite do trabalho e repouso.
Muitos pais enfrentam dificuldades a cada manhã,
quando precisam despertar os filhos para seguirem para suas obrigações.
Quando pequenos, há os que escondem a cabeça debaixo das cobertas ou do
travesseiro, como se isso os pudesse liberar do que devem fazer.
Viram para um lado,
viram para o outro e pedem mais cinco minutos. Ou só mais um minutinho.
Quando maiores reclamam por precisarem levantar cedo, principalmente nos
dias frios, invernosos. E, entre resmungos, dizem que o que mais desejam na
vida é ficarem ricos, muito ricos, para não precisarem mais estudar, trabalhar.
Enfim, poderem ficar na cama pela manhã o quanto quiserem, e não terem
com que se preocupar. Também não terem que enfrentar o frio e a chuva, nos dias
de inverno.
Em verdade, não são somente as crianças ou jovens que assim pensam.
Alguns de nós, adultos, muitas vezes ficamos desejando ganhar na
loteria, ou quem sabe, uma herança, que nos liberte das horas incômodas de
trabalho.
Sem falar nos que ficamos contando, ano a ano, o tempo que falta para a
aposentadoria...
* * *
Importante termos em mente que a vida não é um eterno período de férias.
A Terra é a grande escola do Espírito, onde com trabalho e disciplina
auxiliamos no progresso do planeta e nós mesmos progredimos.
Estamos submetidos a leis físicas que regem o mundo: lei do magnetismo,
lei de atração, lei da eletricidade, lei da gravidade...
Também estamos submetidos a leis morais, que regem o mundo da alma, da
consciência, da ética.
É nesse grande mundo das leis morais que vamos encontrar uma lei
importantíssima.
Trata-se da lei do trabalho, que estabelece que toda ocupação útil é
trabalho. Ela nos impulsiona a evoluir, a crescer.
Trabalhar, portanto, não nos deve ser um problema. Importante estarmos
ativos.
É certo que o repouso faz parte das divinas leis, sendo necessário para
o corpo e para a mente.
No entanto, em demasia, se torna ociosidade, preguiça, nos impedindo de
aprender e evoluir.
Muito tempo sem atividades intelectuais e físicas violentam o caráter do
homem, enfraquecem seus músculos e nervos, que foram destinados ao movimento e
à ação.
O trabalho nos proporciona troca de experiências, conhecimentos,
aprendizados que a alma armazena, dentro de si, no decorrer das várias vidas na
Terra.
Seja qual for nosso saber, sempre teremos algo a ensinar e muito a
aprender.
Quando oferecemos nossas capacidades laborativas, a sociedade nos
devolve em forma de salário.
Salário que revertemos no custeio de nossas necessidades e até pequenos
prazeres.
Os mensageiros
celestes, em suas orientações ao Codificador da Doutrina Espírita, Allan
Kardec, prescreveram que o limite do trabalho é o limite de nossas
forças.
Dessa forma, respeitando nossos limites, estabeleçamos períodos
alternados de atividades e de repouso, evitando desgastes excessivos ou
estresse.
A sabedoria está, exatamente, em chegar ao equilíbrio que nos
possibilite excelente produção, ao tempo que, igualmente, nos permitamos o
repouso, o lazer, a descontração.
Pensemos nisso!
O livro dos
Espíritos.
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