O LIVRO DOS ESPÍRITOS.CAPÍTULO VII.
INFLUÊNCIA DO
ORGANISMO.
O Espírito ao
se unir a corpo físico, ele conserva os atributos da natureza Espiritual.
A matéria nada mais é do que um envoltório do
Espirito, e serve apenas para Ele viver aqui no nosso planeta.
Ao unir-se ao
corpo físico, as faculdades do Espírito para exercer total liberdade, depende
dos órgãos que lhe servem de instrumento; a sua liberdade são enfraquecidas
pela grosseria da matéria.
O envoltório
material lhe serve como um obstáculo à livre manifestação das suas faculdades,
elas são bastantes opacas. O corpo físico lhe tira a liberdade de suas
faculdades Espirituais.
Os órgãos do
corpo físico são instrumentos da manifestação das faculdades da alma. Essa
manifestação está subordinada ao desenvolvimento e ao grau de perfeição dos
respectivos órgãos, como a excelência de um trabalho à excelência da
ferramenta.
O Espírito
tem sempre as faculdades que lhe são próprias. Sendo assim, não são os órgãos
que lhe dão as faculdades, mas sim as faculdades que impulsionam o
desenvolvimento dos órgãos do corpo físico.
A diversidade
entre os seres humanos reside nas qualidades do Espírito que pode ser mais ou
menos adiantado. Porém deve se levar em conta a influência da matéria, que mais
ou menos lhe cerceia o exercício de suas faculdades.
Comentário de
Kardec: O Espírito ao encarnar, Ele traz consigo certas predisposições, e se
admitirmos para cada uma delas um órgão correspondente ao cérebro, o
desenvolvimento desses órgãos será um efeito e não uma causa. Se as suas
faculdades tivessem os seus princípios nos órgãos, o ser humano seria uma
máquina, sem livre arbítrio, e sem responsabilidade dos seus atos. Forçoso
então será admitirmos que os maiores gênios, só o são porque o acaso lhes deu
órgãos especiais, donde se seguiria que, sem estes órgãos, não teriam sidos
gênios, e que assim o maior dos imbecis houvera ser um Newton, desde que certos
órgãos se achassem providos.
Ainda seria mais absurda suposição, se
aplicarmos às qualidades morais. Assim, segundo este sistema, um São Vicente de
Paulo, se a natureza o dotasse de tal órgão, teria podido ser um celerado e o
maior dos celerados não precisaria senão de um certo órgão, para ser um Vicente
de Paulo. Se admitíssemos ao contrário, que os órgãos especiais, se é que
existem, são consequentes, e que se desenvolvem por efeito do exercício da
faculdade, como os músculos pelo efeito do movimento, e a nenhuma conclusão
irracional se chegaria.
Vamos nos
servir de uma comparação, trivial à força de ser verdadeira. Por alguns sinais
fisionômicos se reconhece que um ser humano tem o vício da embriaguez. Será que
esses sinais é o que fazem dele um ébrio, ou será a ebriedade que nele imprime
aqueles sinais?
Com isso podemos concluir, que é os órgãos que
recebem o cunho das faculdades.
Bibliografia: O Livro dos Espíritos.
0 comentários:
Postar um comentário
ESTAMOS DISPOSIÇÃO DOS AMIGOS PARA ESCLARECER QUALQUER DÚVIDA.