terça-feira, 8 de dezembro de 2020

INFLUÊNCIA DO ORGANISMO.

 O LIVRO DOS ESPÍRITOS.CAPÍTULO VII.

INFLUÊNCIA DO ORGANISMO.

 

O Espírito ao se unir a corpo físico, ele conserva os atributos da natureza Espiritual.

 A matéria nada mais é do que um envoltório do Espirito, e serve apenas para Ele viver aqui no nosso planeta.

Ao unir-se ao corpo físico, as faculdades do Espírito para exercer total liberdade, depende dos órgãos que lhe servem de instrumento; a sua liberdade são enfraquecidas pela grosseria da matéria.

O envoltório material lhe serve como um obstáculo à livre manifestação das suas faculdades, elas são bastantes opacas. O corpo físico lhe tira a liberdade de suas faculdades Espirituais.

Os órgãos do corpo físico são instrumentos da manifestação das faculdades da alma. Essa manifestação está subordinada ao desenvolvimento e ao grau de perfeição dos respectivos órgãos, como a excelência de um trabalho à excelência da ferramenta.

O Espírito tem sempre as faculdades que lhe são próprias. Sendo assim, não são os órgãos que lhe dão as faculdades, mas sim as faculdades que impulsionam o desenvolvimento dos órgãos do corpo físico.

A diversidade entre os seres humanos reside nas qualidades do Espírito que pode ser mais ou menos adiantado. Porém deve se levar em conta a influência da matéria, que mais ou menos lhe cerceia o exercício de suas faculdades.

Comentário de Kardec: O Espírito ao encarnar, Ele traz consigo certas predisposições, e se admitirmos para cada uma delas um órgão correspondente ao cérebro, o desenvolvimento desses órgãos será um efeito e não uma causa. Se as suas faculdades tivessem os seus princípios nos órgãos, o ser humano seria uma máquina, sem livre arbítrio, e sem responsabilidade dos seus atos. Forçoso então será admitirmos que os maiores gênios, só o são porque o acaso lhes deu órgãos especiais, donde se seguiria que, sem estes órgãos, não teriam sidos gênios, e que assim o maior dos imbecis houvera ser um Newton, desde que certos órgãos se achassem providos.

 Ainda seria mais absurda suposição, se aplicarmos às qualidades morais. Assim, segundo este sistema, um São Vicente de Paulo, se a natureza o dotasse de tal órgão, teria podido ser um celerado e o maior dos celerados não precisaria senão de um certo órgão, para ser um Vicente de Paulo. Se admitíssemos ao contrário, que os órgãos especiais, se é que existem, são consequentes, e que se desenvolvem por efeito do exercício da faculdade, como os músculos pelo efeito do movimento, e a nenhuma conclusão irracional se chegaria.

Vamos nos servir de uma comparação, trivial à força de ser verdadeira. Por alguns sinais fisionômicos se reconhece que um ser humano tem o vício da embriaguez. Será que esses sinais é o que fazem dele um ébrio, ou será a ebriedade que nele imprime aqueles sinais?

 Com isso podemos concluir, que é os órgãos que recebem o cunho das faculdades.

 

 

Bibliografia: O Livro dos Espíritos.

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