O LIVRO DOS ESPÍRITOS.CAPÍTULO
I.PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS.
Podemos
encontrar a prova da existência de Deus num axioma que aplicais às vossas
ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é
obra do homem e vossa razão vos responderá.
Comentário de Kardec: Para crer em Deus é suficiente lançar
os olhos às obras da criação. O universo existe; ele tem, portanto, uma causa.
Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa, e
avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.
A consequência
que podemos tirar do sentimento intuitivo, é que todos os homens trazem consigo,
da existência de Deus, é que Deus existe; pois de onde lhes virá esse
sentimento, se ele não se apoiasse em nada? E uma consequência do
princípio de que não há efeito sem causa.
O
sentimento íntimo da existência de Deus, que trazemos conosco, se fosse o
efeito da educação e o produto de ideias adquiridas, se assim fosse, por
que os nossos selvagens também teriam esse sentimento? É uma boa pergunta.
Comentário de Kardec: Se o sentimento da existência de um
ser supremo não fosse mais que o produto de um ensinamento, não seria universal
e nem existiria, como as noções cientificas. Senão entre os que tivessem podido
receber esse ensinamento.
Pergunta-se
se não poderíamos encontrar a causa primária da formação das coisas nas propriedades
íntimas da matéria. A resposta que os bons espírito nos dão é que, qual seria a
causa dessas propriedades? E sempre necessária uma causa primária.
Comentário de Kardec: Atribuir a formação
primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela
causa, pois essas propriedades são em si mesmas um efeito, que deve ter uma
causa.
Absurdo
seria pensarmos da opinião que atribui a formação primária a uma combinação
fortuita da matéria, ou seja, ao acaso. Ou seja que homem de bom senso poderia
considerar o acaso como um ser inteligente? E, além disso, o que é o
acaso? Nada!
Comentário de Kardec: A harmonia que
regula as forças do universo revela combinações e fins determinados, e por isso
mesmo um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso, seria uma
falta de senso, porque o acaso é cego e não pode produzir efeitos inteligentes.
Um acaso inteligente já não seria um acaso.
Podemos
ver, na causa primária, uma inteligência suprema, superior a todas as outras pelo provérbio que
diz o seguinte: pela obra se conhece o autor. Pois bem: vede a obra e
procurai o autor! É o orgulho que gera a incredulidade. O homem orgulhoso
nada admite fora de si, e é por isso que se considera um espírito forte.
Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!
Comentário de Kardec: Julga-se o poder de uma inteligência pelas
suas obras. Como nenhum ser humano pode criar o que a Natureza produz, a causa
primária há de estar numa inteligência superior à Humanidade.
Sejam quais forem os prodígios realizados pela inteligência humana esta
inteligência tem também uma causa e, quanto maior for a sua realização maior
deve ser a causa primária. Esta inteligência superior é a causa primária de
todas as coisas qualquer que seja o nome pelo qual o homem a designe.
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO
PACHECO QUADRADO.
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