segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS.

 


O LIVRO DOS ESPÍRITOS.CAPÍTULO I.PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS.

Podemos encontrar a prova da existência de Deus num axioma que aplicais às vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e vossa razão vos responderá.

Comentário de Kardec: Para crer em Deus é suficiente lançar os olhos às obras da criação. O universo existe; ele tem, portanto, uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa, e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.

A consequência que podemos tirar do sentimento intuitivo, é que todos os homens trazem consigo, da existência de Deus, é que Deus existe; pois de onde lhes virá esse sentimento, se ele não se apoiasse em nada? E uma consequência do princípio de que não há efeito sem causa.

O sentimento íntimo da existência de Deus, que trazemos conosco, se fosse o efeito da educação e o produto de ideias adquiridas, se assim fosse, por que os nossos selvagens também teriam esse sentimento? É uma boa pergunta.

Comentário de Kardec: Se o sentimento da existência de um ser supremo não fosse mais que o produto de um ensinamento, não seria universal e nem existiria, como as noções cientificas. Senão entre os que tivessem podido receber esse ensinamento.

Pergunta-se se não poderíamos encontrar a causa primária da formação das coisas nas propriedades íntimas da matéria. A resposta que os bons espírito nos dão é que, qual seria a causa dessas propriedades? E sempre necessária uma causa primária.

Comentário de Kardec: Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, pois essas propriedades são em si mesmas um efeito, que deve ter uma causa.

Absurdo seria pensarmos da opinião que atribui a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou seja, ao acaso. Ou seja que homem de bom senso poderia considerar o acaso como um ser inteligente? E, além disso, o que é o acaso? Nada!

Comentário de Kardec: A harmonia que regula as forças do universo revela combinações e fins determinados, e por isso mesmo um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso, seria uma falta de senso, porque o acaso é cego e não pode produzir efeitos inteligentes. Um acaso inteligente já não seria um acaso.

Podemos ver, na causa primária, uma inteligência suprema, superior a todas as outras pelo provérbio que diz o seguinte: pela obra se conhece o autor. Pois bem: vede a obra e procurai o autor! É o orgulho que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada admite fora de si, e é por isso que se considera um espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!

Comentário de Kardec: Julga-se o poder de uma inteligência pelas suas obras. Como nenhum ser humano pode criar o que a Natureza produz, a causa primária há de estar numa inteligência superior à Humanidade.

Sejam quais forem os prodígios realizados pela inteligência humana esta inteligência tem também uma causa e, quanto maior for a sua realização maior deve ser a causa primária. Esta inteligência superior é a causa primária de todas as coisas qualquer que seja o nome pelo qual o homem a designe.

MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

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