CAPÍTULO XVII. SEDE PERFEITOS.
CARACTERES DA PERFEIÇÃO. O HOMEM DE
BEM.
Pois é, nesse
capítulo Jesus se pronuncia dizendo, para amarmos os nossos inimigos, e
fazermos o bem aqueles que nos odeiam, perseguem e caluniam, e recomenda que
oremos por eles. E explica tudo isso, porque se amarmos simplesmente os que nos
amam, Ele pergunta qual a recompensa que teremos nisso? E pergunta ainda mais,
se não fazem assim os publicanos? E explica que assim se somente saudarmos aos
nossos irmãos, o que estaremos fazendo mais que os outros. Nada porque
estaremos nos colocando na posição deles.
Diante de
tudo isso recomenda-nos que sejamos perfeitos, como perfeito é o nosso pai
Celestial.
Analisando as
palavras de Jesus que falava muito por parábolas, o que entendemos é que Ele
não espera que sejamos iguais ao Pai Celestial, mais que o tenhamos como
exemplo a ser seguido, e que pratiquemos os seus mandamentos e ensinamentos. E
que se assim procedermos por certo poderemos ter boas companhias dos Bons
Espíritos, e com isso adquirirmos bons fluidos, e na vida futura poderemos
habitar mundos mais adiantados.
Entendo
ainda, que tudo aquilo que desejarmos ao nosso próximo, pode voltar para nós,
atendendo a lei das causas e efeitos, que vem a ser a lei da ação e reação.
Tudo o que plantamos haveremos de colher. Como dizem os nossos Queridos
Mentores Espirituais, que tudo aquilo que jogarmos para o lado de lá, pode
voltar para o lado de cá. E com isso entendemos, que se pedirmos o melhor por
aqueles que nos perseguem ou caluniam, o que pode voltar são aquilo que
desejamos ao nosso próximo de melhor.
Outra coisa
que os nossos Mentores Espirituais nos recomendam, é praticarmos a caridade sem
querer nada em troca, e sempre não humilhando aquele que recebe.
O que pode
nos impedir de praticar tudo isso, vem a ser o nosso próprio egoísmo, pelo
nosso orgulho e vaidade.
Para
chegarmos ao cume da perfeição, temos que nos libertar dos nossos próprios
defeitos relatados acima, e sendo assim não teremos nada a temer, porque nos
posicionamos abaixo do nosso Criador e ao lado dos nossos irmãos, e ganharemos
assim a confiança que só pode resultar num estado de serena resignação.
Quando ao
homem de bem, vem a ser aquele que no final do dia coloca a sua cabeça no
travesseiro, e faz uma rápida análise do seu dia, verificando o que praticou de
bom, e procurando melhorar naquilo que não conseguiu praticar pro lado do bem e
do amor. Se não praticou o mal, e fez o bem a todos que podia, foi útil, e fez
tudo aquilo que gostaria que fizessem por ele, estará depositando nas mãos de
Deus a confiança Dele, bem como a fé no futuro, ou seja, na vida Espiritual.
Sabe também
que todos os reveses da vida, faz parte das provas ou expiações, e frutos
daquilo que plantou no passado ou talvez até no presente, e que escolheu antes
de reencarnar para pagar.
O homem de
bem também vem a ser aquele que é honesto, caritativo, humano e aquele que
pratica o bem sem ver a quem. Aquele que não se compraz em procurar os defeitos
dos outros, e nem pô-los em evidência. Aquele que pratica a caridade como
certa, não prejudicando ninguém, não odiando, não tendo rancor e nem desejo de
vingança, esquecendo as ofensas.
É indulgente
para as fraquezas dos outros, procurando melhorar os seus defeitos
combatendo-os, e que não se envaidece por aquilo que possui, pois sabe que tudo
isso serve somente para viver por aqui, e que quando partir daqui nada levará
disso tudo, a anão ser as suas obras.
Não se
envaidece em nada com a sua sorte, nem com seus predicados pessoais, porque
sabe que tudo quanto lhe foi dado pode ser retirado.
Usa e não
abusa dos seus bens, porque sabe tratar-se de um depósito, do qual deverá
prestar conta.
Se na ordem
social está no posto de mando, procura não humilhar seus subordinados e sim os
incentiva para levantar a moral deles, e não os esmaga com o seu orgulho e
vaidade. Acontecendo isso por certo os subordinados procurarão cumprir com seus
deveres, e se empenharão mais, porque sentir-se-ão em família.
O homem de
bem respeita os direitos dos outros, como gostaria que respeitassem os seus, e
sabe que o seu termina quando começa os dos outros ou vice versa.
Findando esta
parte, podemos dizer que faltaram ainda inúmeras virtudes a serem divulgadas,
mas se conseguirmos colocar em prática, poderemos sim ter uma vida melhor, e
mais cheia de amor.
Quando ao
modelo de bom Espírita, podemos dizer que em todas as religiões existem sim os
bons e os maus, mais o Espiritismo nos leva a sermos bons.
Ele não traz
nenhuma moral nova, mas facilita a todos ter a inteligência e a prática dos
ensinamentos do Cristo, nos levando a fé inabalável e o esclarecimento aos que
duvidam ou vacilam. Ele não contem alegorias, nem lugar para fantasias, onde a
clareza do mesmo não existe mistérios e nem segredos.
Para
entende-lo não precisamos ter uma mente privilegiada, embora exista alguém
ainda preso a certos pormenores.
Quanto aos
maus Espíritas são aqueles que se acham donos da razão, que sabem tudo, não se
lembrando que estão numa grande escola, onde todos os dias estamos aprendendo,
e que o aprendizado é infinito. Que somos seres em evolução, e que devemos sim
nos apegar ante a obrigação de nos reformar intimamente para a perfeição do
nosso Espírito que é imortal.
Aqueles que
aderirem a esta reforma íntima, por certo estarão dando passos rumo a
perfeição. Aquele que atingir a este ponto, por certo estará dando largos
passos a uma percepção mais clara do futuro.
O
reconhecimento do verdadeiro Espírita, se nota pela sua transformação moral, e
pelo esforço que acabam dominando as suas tendências maléficas.
Ele já vive
num grau superior de adiantamento moral. O Espírito já domina a matéria, e lhe
dá uma percepção mais clara do futuro.
São Mateus.
Cap. V, v. 44, 46 a 48.
Bibliografia:
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Mensagem
escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
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