CAPÍTULO XV. FORA DA CARIDADE NÃO HÁ
SALVAÇÃO. O NECESSÁRIO PARA SALVAR-SE. O BOM SAMARITANO.
Na parábola
do Bom Samaritano, São Mateus no capítulo XXV. V. 31 a 46 ressalta, que quando
o filho do homem vier em sua majestade, acompanhado de todos os “anjos”, se
assentará no trono da glória; e todas as nações estando reunidas diante Dele,
separarão uns dos outros, como um pastor separa as suas ovelhas dos bodes, e
colocara as ovelhas a sua direita, e os bodes a sua esquerda. E então Jesus
dirá:
“Vinde benditos
de meu Pai, que possuem o reino que vos está preparado desde o princípio do
mundo. Porque tive fome, e deste-me de comer; tive sede e deste-me de beber;
precisava de alojamento e recolheste-me; estava nu e cobriste-me; estava
enfermo e visitastes-me; estava no cárcere e vieste-me ver”. E com isso
responderão os justos, dizendo: “Senhor quando te vimos faminto e te demos de
comer; e com sede te demos de beber? E quando te vimos sem alojamento e te
recolhemos; ou nu e te vestimos? E quando te vimos sem alojamento e te
recolhemos; ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou no cárcere te
fomos ver?” E Jesus com isso lhe respondera assim: “Na verdade vos digo, que
quantas vezes vós fizeste isso a um desses irmãos mais pequeninos, a mim é que
o fizeste”. E com isso disse aos que estavam a sua esquerda: “ Apartai-vos de
mim,malditos, para o fogo eterno que esta aparelhado para os ruins e os seus
adeptos, porque fizeram ao contrário dos bons negando tudo”.
Baseado neste
fato, presumimos que os outros farão a seguinte pergunta: “Quando foi que eles
o viram daquelas maneiras, e deixaram de atendê-lo?” Jesus também lhes
responderá dizendo: “Em verdade, todas as vezes que deixaram de dar essas
proteções a um desses mais pequeninos, deixaram de da-las a Ele”. E estes irão
para o suplicio, e os justos para a vida eterna.
Já o irmão
Lucas no capítulo X, nos versículos de 25 a 37, conta que um doutor da lei para
tentar Jesus lhe perguntou: “O que era preciso para que ele possuísse a vida
eterna?” E Jesus ouvindo isso, teria respondido assim: “O que está escrito na
lei, o que ledes nela?” “E então o tal doutor lhe respondeu:“ Amareis o Senhor
vosso Deus de todo coração e de toda a vossa alma, de todas as suas forças e de
todo vosso Espírito, e o vosso próximo como a vós mesmos”. E com isso Jesus teria
lhe respondido: “Respondeste muito bem; fazei isso e vivereis”.
O irmão Lucas
conta ainda, que aproveitando da ocasião esse doutor, ainda teria lhe
perguntado quem seria o seu próximo? E Jesus teria lhe respondido dando um
exemplo histórico: “Que havia um homem que descia de Jerusalém para Jericó, e
fora abordado por ladrões que o despojaram, e o cobriram de feridas e se foram,
deixando-o semimorto. Que em seguida passava por ali um sacerdote, que fingiu
que não o vira, e passou pelo outro lado. Que logo Após veio um levita que fez
a mesma coisa. E que um samaritano que viajava passando pelo mesmo lugar, e
tendo-o visto foi tocado de compaixão por ele. E com isso aproximou-se dele
derramando sobre a ferida, óleo e vinho, e as enfaixou; e que logo após o
colocou sobre o cavalo, conduzindo-o a hospedaria e cuidou dele. Que no dia
seguinte, tirou duas moedas e as deu ao hospedeiro, pedindo: Tende bastante
cuidado com ele, e que tudo o que depender a mais, eu vos retribuirei no meu
regresso”.
No final
disso Jesus perguntou ao Doutor da Lei: “Qual dos três homens foi o próximo
daquele que caiu nas mãos dos ladrões?” E o doutor lhe respondeu que fora o que
exerceu a misericórdia para com ele. Com isso Jesus lhes disse: “Ide, pois, e
fazei o mesmo”.
Com todos
estes ensinamentos, podemos concluir que toda a moral do Cristo esta estampada
na caridade e na humildade, nas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho,
que vem a ser o caminho da felicidade.
Diz Ele:
Bem
aventurados os pobres de Espírito, que quer dizer: os humildes, porque deles é
o Reino dos Céus; bem aventurados os que têm o coração puro; bem aventurados os
mansos e pacíficos; bem aventurados os misericordiosos. Amai o próximo como a
vós mesmos; fazeis ao outro aquilo desejar que os fizesse; amai os vossos
inimigos; perdoais as ofensas, se quiseres ser perdoado; fazei o bem sem
ostentação; julgai-vos a vós mesmos antes de julgar os outros.
Jesus não
cansa de recomendar que tenhamos a humildade e pratiquemos a caridade, onde
inclusive já deixou seus exemplos para todos nós. Não cansa de combater o
orgulho e a vaidade, assim como o egoísmo.
Deixou dito
também que fora da caridade não pode existir a salvação, e que é um elemento
que pode nos conduzir a felicidade futura.
Jesus nesta
oportunidade teve que dar certos exemplos materiais, e falava por parábolas,
pois os elementos citados na época não conheciam as questões Espirituais.
Mas com isso
fez distinção entre o que crê de um modo e o que crê de outra maneira. Ele quis
dizer que a caridade não é apenas uma das condições para a salvação, e sim como
a condição única para isso, e se houvesse outras Ele teria dito. Ele deixou
dito também que a caridade acaba abrangendo todas as outras, tais como: a humildade,
a mansidão, a brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc., e
porque ela vem a ser a negação absoluta do orgulho e o egoísmo.
Quanto ao
próximo posso dizer dentro dos meus conhecimentos, que o próximo começa pelos
nossos familiares, e que às vezes não temos a paciência com eles como temos as
vezes com terceiros.
Bibliografia.
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Mensagem
escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
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