CAPÍTULO XVII. SEDE PERFEITOS.
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS. O DEVER E A VIRTUDE.
Neste capítulo,
devemos saber, que o dever vem a ser uma obrigação de cada um, e começa pelo
ser humano, e deve se estender para os demais. Que vem a ser a lei da vida,
onde o ser humano encontra as particularidades nos atos mais elevados.
Devemos saber
também, que o dever que está sendo exaltando vem a ser aquele relacionado com
os costumes do ser humano, e que vem a ser a parte moral que é difícil de ser
cumprida por estar em antagonismo com certas atrações. Que este dever que se
fala não existe testemunhas para as vitórias, estando ele sujeito a derrotas.
Que o dever
de cada um está ligado ao livre arbítrio, onde a consciência o adverte e o
sustenta, sendo impotente diante do argumento falso da paixão. Que o dever
eleva o coração do ser humano, onde deve almejar a felicidade e a tranquilidade
do seu próximo.
Que Deus
criou o ser humano sujeito a dor, com a mesma causa para julgar em sua consciência
o mal que podem fazer, e que para o bem o critério não é o mesmo.
Que é na dor
que existe a igualdade, onde a sublime Providência Divina quer que ninguém
pratique o mal, mais as seduções do interesse e do coração, acabam dificultando
o cumprimento do dever no âmbito dos sentimentos.
Que o dever
vem a ser o resultado prático das especulações morais, sendo o resultado da
bravura da alma, que enfrenta as angústias da luta; sendo austero e brando,
pronto a dobrar as diversas complicações, conservando-se inflexível diante das tentações.
Que o ser
humano que cumpre com seu dever, ama a Deus mais que as criaturas, e estes
acima de si mesmo, sendo um juiz e escravo ao mesmo tempo para si. Que o dever
é o mais belo laurel da razão, onde o ser humano tem que amar o dever, prevenindo-se
da maldade que não pode se esquivar, e que se colocado em prática, cresce e
irradia sob as mais elevadas formas dentro dos estágios superiores da
humanidade.
Que a
humanidade tem que refletir as virtudes no eterno, que não devem aceitar a
imperfeição, porque quer que a beleza da sua obra resplandeça.
Que a virtude
vem a ser o resultado da qualidade moral no mais alto grau, e que vem a ser o
conjunto de todas as qualidades do ser humano voltado para o lado do bem e do
amor. Sendo este caritativo, bom, laborioso, moderado e modesto. Que as vezes as enfermidades morais pode lhe
retirar a parte boa, e que não é virtuoso aquele que se vangloria, pois lhe
falta modéstia, e tem o vício que vem a ser o orgulho e vaidade. A virtude
verdadeira é aquela oposta a isso, não a tornando pública, fugindo da admiração
das massas, como fazia São Vivente de Paula, que praticava o bem sem querer
nada em troca. Que é dessa virtude que os Bons Espíritos convidam a humanidade
a colocar em prática, onde não devem fazer estardalhaços daquilo que praticam
de bom.
Salientam que
o ser humano que ergue uma estátua sua, ele anula todo o seu mérito, porque consiste
em aparecer mais do que é, podendo sim admitir ser de boa-fé, mas desde que tal
satisfação não venha a ferir o seu orgulho e a sua vaidade.
Dentro dessas
instruções dos Espíritos, eles nos aconselham, principalmente os Espíritas,
para que, mesmo que saibamos que não somos perfeitos, que evitemos isso, e
continuemos buscando a virtude, onde mais vale pouca virtude com modéstia, do
que com muito orgulho.
Recomendam ao
ser humano que se perde através do orgulho e da vaidade, que podem se redimir
através da humildade.
Irmãos,
Lázaro, Francisco Nicolau e Madalena, Paris, ano de 1.863.
Bibliografia:
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Mensagem
escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
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