LIVRO DOS
ESPÍRITOS.CAPÍTULO VI.
COMEMORAÇÕES
DOS MORTOS-FUNERAIS.
Os Espíritos
são sensíveis a saudades dos que amavam aqui no nosso planeta Terra. Esta saudades
lhes aumentam a felicidade se são felizes, e se são infelizes serve-lhes de
alívio.
No dia da
comemoração dos mortos em nossa Terra, eles atendem os chamados do pensamentos
daqueles que não orar por eles no cemitério, como em todos os dias.
Este dia eles
reúnem-se em maior número, porque é maior o número daqueles que os chamam, mas
sim com relação aos seus amigos, e não pela indiferença de alguns.
A forma que
eles comparecem, e como poderiam serem vistos por alguns tornando-se visíveis,
seria pela qual eram conhecidos aqui no nosso planeta.
Geralmente os
que não são visitados neste dia por ninguém, comparecem apesar disso. Mais não
se importam com assuntos daqui, porque somente pelo coração se prendem a ele, e
tem todo o universo pela frente.
Ao visitarmos
a um túmulo de pessoas conhecidas, vem a ser uma maneira de manifestarmos que
pensamos naquele Espírito ausente. Mais se fizermos uma prece para o Espírito
fora deste, acaba santificando o ato de lembrar dele desde que seja com o
coração, pouco importando o lugar onde se fizer.
Quando os
Espíritos são homenageados com estatuas e outros, muitos deles as assistem
quando podem, mas não são sensíveis às honras que lhes tributam.
Se o Espírito
tiver desejo de ser enterrado em um lugar especial, isto pode significar sinal
de inferioridade moral. Isto porque para o Espírito elevado, nada vem a
representar um pedaço de Terra mais do que o outro. Pois sabe ele que estará
reunido com seus entes queridos, mesmo que seus ossos estejam separados.
A reunião dos despojos mortais de todos os
membros de uma família num só lugar, não deve ser considerado como futilidade,
pois vem a ser um costume e um testemunho de simpatia pelos entes amados. Para
o ser humano é útil, pois suas recordações se concentram melhor, mesmo que para
os Espíritos pode até pouco representar.
Quando a alma
volta à vida Espiritual, no primeiro momento da morte, se eles estiverem num
grau da perfeição, não tem mais validade terrestre as honras que lhes foram
prestadas. Porém existe Espíritos que gozão de satisfação com as honras lhes
foram prestadas, ou se desgostam com o abandono do seu envoltório, pois ainda
estão arreigados as coisas da Terra.
Quando o
Espírito se desprende do corpo físico, quase sempre assiste ao seu enterro, mas
se esta perturbado algumas vezes não percebe o que se passa. Fica lisonjeado
com a concorrência ao seu enterro mais ou menos, segundo o sentimento que
provoca esta concorrência.
Quando
desencarna ele quase sempre assiste as reuniões de seus herdeiros, porque Deus
o quer para sua própria instrução, as vezes se tornando um castigo para os
culpados. É nessa ocasião que se vê o quanto valiam os protestos que lhe
faziam. Todos os sentimentos se tornam patentes, e a decepção que experimenta
vendo a divisão dos que dividem o seu espólio, e acaba o esclarecendo quanto
aos seus propósitos.
O respeito
que o ser humano tem pelos mortos, vem a ser um efeito da intuição da
existência da vida futura, pois todos retornaremos a Pátria Espiritual um dia.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos.
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