quarta-feira, 4 de novembro de 2020

A CARIDADE MATERIAL A MORAL.

 


CAPÍTULO XIII.  INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS.

QUE A MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA O QUE FAZ A DIREITA.

A CARIDADE MATERIAL E A MORAL.

 

                Nas instruções dos Espíritos o irmão Lyon no ano de 1.860, diz que tem ouvido muitas pessoas dizendo que não podem praticar a caridade porque não possuem o necessário.

 Analisando as palavras dele, podemos dizer, que isso vem a ser uma desculpa não plausível, porque a caridade se pode praticar de diversas maneiras. Por exemplo: por pensamento quando desejamos algo de bom para alguém e sem que ela saiba, ainda mais se for para pessoas sejam elas quem for, e terá maior mérito se for para aqueles que se titulam nossos inimigos. Claro que se for para aqueles que se titulam nossos inimigos, o que Deus quer de nós, é que não guardemos rancor na horas das ofensas. O que Ele espera também é que paguemos o mal com o bem, mesmo que não seja o amor que possamos dedicar igual à aqueles que queremos bem, o importante é não guardarmos rancor, e nem ódio.

Podemos também fazermos preces, por aqueles que nos perseguem e caluniam, porque tudo aquilo que jogamos do lado de lá volta para o de cá.

Podemos orar também pelos pobres abandonados, que morreram sem ter vivido. Uma prece do fundo dos nossos corações podem aliviá-los. A caridade pode também ser praticada através de palavras, como bons conselhos.

Lyon quer dizer aos homens amargurados pelo desespero e pelas privações, principalmente aos que blasfemam do nome de Deus: Que ele foi como eles, sofria, sentia-se infeliz, mas acima de tudo sempre acreditou no Espiritismo que vem a ser a terceira revelação, e que hoje ele é feliz.

Aos velhos que acham que estão no fim da vida, ele deixa uma palavra de incentivo: A justiça de Deus é igual para todos, e que devem lembrar dos trabalhadores de última hora.

Para os viciados, principalmente para as crianças que se acham em má companhia, e que se perdem no caminho da vida: Deus tudo vê! Que não devem temer essas palavras doces, que podem acabar germinando nas suas jovens inteligências, e em lugar de pequenos vagabundos, poderá fazê-los verdadeiros homens.

Diante dessas palavras muitos poderão dizer que somos numerosos e como Deus vai nos ver? Eu particularmente posso dizer, que vivemos entre dois mundos, o material e o Espiritual. E se vivemos entre os dois, cada um de nós tem o Protetor Espiritual que nos acompanha e tudo vê. Este irmão pertence a uma legião de Irmãos Maiores que se interligam, e chegam até o nosso Pai do Céus. Por isso se diz que Ele está em toda a parte e tudo vê.

Assim acontece quando oramos, a prece chega a Ele através deste queridos irmãos, muitas vezes conhecidos como “Santos”.

Lyon nos dá um exemplo de que quando estamos no alto de uma montanha, o nosso olhar acaba embarcando bilhões de grãos de areia que a cobrem. Diante disso ele nos informa que é assim que Deus nos vê. E que é assim que Ele nos dá o livre arbítrio, como aos demais grãos de areia ao sabor do vento que os dispersa. Mas diz que é com uma diferença, que Deus na sua infinita misericórdia, pôs no fundo dos nossos corações, uma sentinela vigilante, que se chama consciência, e que devemos ouvi-la. Que ela poderá nos dar bons conselhos, e que as vezes conseguimos não a ouvimos, dando chance para os espíritos da maldade, e diante disso ela se cala respeitando o livre arbítrio.

E é verdade, que temos sim um Protetor Espiritual que desde que encarnamos está conosco, podendo ser parente ou não, e este tem por objetivo nos intuir bons pensamentos e jorrar sobre nós bons fluidos. Mas tem uma coisa: Se optarmos pelo mal, Ele se afasta respeitando o nosso livre arbítrio. Mas este afastamento será pelo tempo que o mal estiver conosco, pois assim que este se afaste Ele voltará a nos ajudar.

Mas tem uma coisa, temos que fazer sempre o que queiramos alguma coisa a nossa parte, pois diria que cinquenta por cento é nosso, e os outros será de Deus. Jesus foi claro ajuda-te que Deus te ajudará.

A caridade portanto está em tudo o que pensamos e agimos. O que devemos saber que fora dela não existirá a salvação. Mas que devemos sempre pratica-la sem querer nada em troca, e sem distinção de raça, cor ou credo, sabendo no fundo que todos somos irmãos perante a Deus. E que somos todos seres em evolução, e cada um no seu grau de evolução.

Portanto irmãos vamos começar sempre pelo nosso lar, pelos nossos parentes que nem, todos são afins.

Ainda dentro desse capítulo a irmã Rosália em Paris ainda no ano de 1.860, se expressa dizendo que devemos nos amar uns aos outros, e que devemos fazer pelos outros aquilo que gostaríamos que fizessem por nós. Diz também que todas as religiões devem se espelhar dentro dessas máximas. E que se o mundo praticassem isto, a vida aqui seria bem melhor, e que não haveria ódio e nem ressentimento, e nem a pobreza.

Ela conclama principalmente os ricos para auxiliarem os infelizes, para que Deus um dia possa lhes retribuir o bem que fizerem.

Ela nos dá um exemplo de que quando partiu daqui, ela acabou encontrando do lado de lá os que ela pode auxiliar. Para isso pede para amarmos o nosso próximo, que deve começar pelos nosso lares e parentes como já foi explicado anteriormente.

Que devemos imaginar acabar encontrando do lado de lá, aqueles que odiamos ou desejamos a maldade.

Com isso ela acredita que imaginemos o que vem a ser a caridade moral, e que não custa nada praticarmos, com bons pensamentos, conselhos e ações. Que com isso devemos sempre nos suportar, sabendo que cada um está num grau da evolução, por isso sempre digo, que estamos aqui não por acaso, e convivendo com pessoas de todas as qualidades. Sabe por que?

Para que os que estão mais abaixo possam convivendo com os que estão mais acima, um dia cresçam no caminho do amor e da compreensão.

Que devemos sempre lembrar de tudo o que foi dito, e que devemos não deixar ficar apenas na teoria e sim na prática.

Ás vezes repelindo um pobre, este pode ser em encarnação passada um parente, um amigo e outros, e que quando partirmos daqui poderemos vê-los em situação ruim por nossa causa.

Que ela quando desencarnou e chegou do lado de lá, o pobre que ela não pode auxiliar, ela teve que pedir auxílio.

Como desfecho ela lembra-nos que Jesus falou que todos somos irmãos, e que devemos sempre saber disso antes de repelir um menos favorecido. Que devemos sempre pensar também nos que sofrem e que devemos sempre orar por eles, e se possível ajuda-os.

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

 

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