sábado, 7 de novembro de 2020

QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO OS MEUS IRMÃOS?

 


CAPÍTULO XIV. HONRAI A VOSSO PAI E A VOSSA MÃE.

QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?

 

Dentro desse capítulo, São Marcos no cap.II, v. 20,21 e 31 a 35, bem como São Mateus no cap.XII, v. 46 a 50, relatam que Jesus tendo vindo para casa, reuniu-se ali uma grande multidão de pessoas, onde nem podiam tomar seus alimentos. Sabendo disso os parentes de Jesus vieram para se apoderarem Dele, e diziam que Ele estava fora de si. Chegando lá, sua mãe e seus irmãos se estabeleceram do lado de fora, e mandaram chamá-lo. Com isso a multidão sabendo disso lhe informaram, que sua mãe e seus irmãos o buscavam do lado de fora.

Com isso Jesus teria respondido: “Quem é minha mãe, e quem são os meus irmãos?”.

E olhando para a multidão que o rodeava, exclamou: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Porque o que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã e minha mãe”.

Com estas palavras pronunciadas por Jesus, elas não conduziam com a realidade daquilo que Ele sempre pregou, e parecia estranho. Mas se analisando as palavras do Mestre, primeiramente podemos dizer, que Jesus sempre falava por parábolas, para que o povo daquela época pudesse entender.

 Segundo, o que Ele realmente quis dizer, era que antes de qualquer parentesco pelos laços da carne, perante a Deus todos somos irmãos, e o que faz a ligação com o mundo Espiritual, vem a ser a afinidade de sentimentos, a maneira de se pensar, de ideias e não pelos laços sanguíneos.

E com essa atitude, Jesus pode destacar a diferença entre o parentesco corpóreo e o Espiritual, onde às vezes pessoas não ligadas à família podem até serem mais parentes do que aqueles que a compõe. Os primeiros são os afins e o segundo os antagônicos. Afins são aqueles que devotaram certa simpatia conosco em outras encarnações, e gostam de viver junto a nós. E o segundo são os de encarnações passadas, que não se afinizaram conosco ou nós por elas, e que Deus da à oportunidade de nos redimirmos.

 Baseado nisso, o que se sabe através de Kardec, é que o relacionamento de Jesus com os seus, não havia afinidade entre eles, onde as palavras de João no capítulo VII acaba citando, que nem mesmo os seus irmãos acreditavam Nele.

Com isso se conclui, que não houvera indiferença ou desprezo por parte de Jesus com referencia a sua mãe e a seus irmãos, e sim que todos nós somos filhos de um mesmo Pai. Tudo isso veio a se comprovar que Jesus ao ser crucificado, demonstrou seus cuidados com a sua mãe, e amor por ela, conforme João descreve no capítulo XIX, que Jesus vendo sua mãe, e junto dela seu discípulo amado disse: “Mulher, eis aí teu filho”. E depois disse ao seu discípulo: “Eis aí tua mãe”. E tendo acontecido isso, o discípulo a tomou para sua casa.

Veja que Jesus não disse ao seu discípulo, cuide de minha mãe, e a ela, meu discípulo cuidará de si.

Com isso mais uma vez, aprendemos a sermos verdadeiramente irmãos pelos laços de Deus, e que cada mãe, e cada pai, pode adotar alguém no momento em que esta pessoa necessitar, basta que tenhamos a boa vontade.

  

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

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