quarta-feira, 4 de novembro de 2020

DAI A CESAR O QUE É DE CESAR.

 


CAPÍTULO XI. AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO.

DAÍ A CESAR O QUE É DE CESAR.

 

São Mateus, no capítulo XXII, versículo 15 A 22, E São Marcos, no capítulo XII, versículo 13 a 17, contam que os Fariseus quando se retiraram, acabaram projetando entre si comprometer Jesus naquilo que ele falasse, e acabaram de enviar seus discípulos, juntamente com os herodianos, que lhe perguntaram? Mestre sabemos que és verdadeiro, e não se te dá de ninguém, porque não levas em conta a pessoa dos seres humanos; dize-nos, pois, qual é o teu parecer? É lícito dar tributo a César ou não? Porém Jesus, conhecendo a malícia deles, disse-lhes: Por que me tentais, hipócritas? Mostrai-me cá a moeda do censo. E eles lhes apresentaram um dinheiro. E Jesus lhes disse: De quem é esta imagem e inscrição? Responderam-lhe eles: De César. Então lhes disse Jesus: Pois daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E quando ouviram isto, admiraram-se, e deixando-o se retiraram.

Para que entendamos a questão proposta a Jesus era motivada pela circunstância de haverem os judeus transformados em motivo de horror o pagamento do tributo exigido pelos romanos, elevando-o a problema religioso. Numeroso partido se havia formado também para rejeitar o imposto. O pagamento do tributo, portanto, era para eles uma questão de irritante atualidade, sem o que, a pergunta feita a Jesus: “É lícito dar tributo a César ou não?”, não teria nenhum sentido. Essa questão era uma cilada, pois, segundo a resposta, esperavam excitar contra ele as autoridades romanas ou os judeus dissidentes. Mas “Jesus, conhecendo a malícia deles”, escapa à dificuldade, dando-lhes uma lição de justiça, ao dizer que dessem a cada um o que lhes era devido.

Agora esta máxima, “Daí a César o que é de César” não deve ser entendida de maneira restritiva e absoluta. Como todos os ensinamentos de Jesus, é um princípio geral, resumido numa forma prática e usual, e deduzido de uma circunstância particular. Esse princípio é uma consequência daquele que manda agir com os outros como quereríamos que os outros agissem conosco. Condena todo prejuízo moral e material causado aos outros, toda violação dos seus interesses, e prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja ver os seus respeitados. Estende-se ao cumprimento dos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, bem como para os indivíduos.

Bibliografia: O Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem lida e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

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