sexta-feira, 30 de outubro de 2020

INJÚRIAS E VIOLÊNCIAS.

 


CAPÍTULO IX

BEM-AVENTURADOS AQUELES QUE SÃO BRANDOS E PACÍFICOS

 

INJURIAS E VIOLÊNCIAS

1-Bem- aventurados aqueles que são brandos, porque eles possuirão a Terra.

São Mateus, cap. V. v. 4.

2-Bem- aventurados os pacíficos, porque eles serão chamados de filhos de Deus.

São Mateus, Cap. V. v.9.

3- Haveis aprendido o que foi dito aos antigos: “Vós não matareis, e todo aquele que matar merecerá ser condenado pelo julgamento”. Mas eu Vos digo que todo aquele que se encolerizar contra seu irmão merecerá ser condenado pelo julgamento; que aquele que disser a seu irmão Racca, merecerá ser condenado pelo conselho; e aquele que lhe disser: Vós sois louco, merecerá ser condenado ao fogo do inferno.

São Mateus, Cap. V. v. 21,22.

Diante dessas máximas, Jesus faz da doçura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência uma lei; condena sobre tudo a violência, a cólera e mesmo toda expressão descortês com respeito ao semelhante.

Racca para que possamos entender vem a ser um termo entre os Hebreus um termo de desprezo, que significava homem de má conduta. Jesus vai mais longe, uma vez que ameaça com o fogo do “inferno” aquele que disser ao seu irmão; Vós sois loucos. Mais o que tem uma palavra de tão grave para merecer isto? Porque toda palavra ofensiva, vem a ser contrária a lei do amor e da caridade. Vem a ser um insulto, que depois humildemente, a caridade que devemos ter com o próximo vem a ser a primeira lei de todo cristão.

O que Jesus queria dizer com estas palavras: “Bem- aventurados aqueles que são brandos, porque possuirão a Terra”. Isto seria um convite para renunciarem os bens da Terra e prometendo os dos Céus?

O que Ele queria dizer realmente, é que enquanto o homem espera os dos Céus, precisa viver os da Terra, mas recomenda que deem mais importância para os da vida Espiritual do que os materiais. Os da Terra são passageiros e servem para mantê-lo vivo aqui por um tempo, e a Espiritual é eterna.

Devemos nos preparar para esta grande viagem, ou seja, retorno a vida Espiritual, onde não levaremos nada material conosco, nem mesmo o corpo físico. Portanto vamos usufruir dos materiais para vivemos aqui, e do supérfluo ajudando o nosso próximo, se preparando para a vida Espírita.

Que o homem não se deixe levar pelos bens da Terra, que poderão leva-los às vezes a violência em prejuízo dos brandos e pacíficos, onde falta para alguns e sobre para outros. Onde devemos nos ajudar mutuamente, sem explorarmos o próximo. Promete que a justiça lhes será feita na Terra como nos Céus, porque serão chamados filhos de Deus. Para isto temos que fazer força para que a lei do amor e da caridade possa ser a lei da humanidade, banindo daqui o egoísmo, onde o fraco e o considerado forte não sejam mais explorados. Tal será o estado da Terra, quando segundo a lei do progresso e a promessa de Jesus possam tornar este mundo em feliz, pela expulsão dos maus e violentos.

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

PERDÃO DAS OFENSAS.

 


CAPÍTULO X - INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS-PERDÃO DAS OFENSAS.

 

Dentro das instruções dos Espíritos, Simeão em Bordéus, no ano de 1.862, conta que uma vez perguntaram a Jesus quantas vezes devemos perdoar, e Ele respondeu: “Vos lhes perdoareis não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes”. Simeão diz que estas palavras se resumem em uma oração resumida. Que Jesus também uma vez respondeu a Pedro: “Tu perdoaras, mas sem limites; perdoaras cada ofensa, ainda que esta seja feita com frequência; ensinaras aos teus irmãos o esquecimento deles próprios, que os tornará invulneráveis contra o ataque dos maus procedimentos, e as injurias; será brando e humilde de coração, não medindo jamais a sua mansuetude. Farás enfim, o que desejas que o Pai Celestial faça por ti; não a tem Ele de te perdoar com frequência, e contra o número de vezes que seu perdão desce para te apagar tuas faltas”?

O Bom Espírito nos adverte para que escutemos e meditemos estas palavras de Jesus proferidas a Pedro. Que façamos desta o nosso lema. Que perdoemos e que usemos da tolerância, e que sejamos caridosos e generosos, pródigos mesmos. Que tudo aquilo que façamos, o Pai Celestial estará fazendo por nós e nos perdoará. Que devemos nos abaixar, porque o Senhor nos elevará. Que nos humilhemos porque o Senhor nos fará sentar-se a sua direita. Ele conclama para que estudemos e comentemos estas palavras que Jesus nos dirige do alto do Esplendor Celeste, e voltados para todos nós, continuando com muito amor a tarefa que começou há séculos atrás.

Que devemos perdoar como temos a necessidade disto, e se os atos nossos foram prejudiciais, devem ser motivo para sermos tolerantes, porque o mérito do perdão é proporcional à gravidade do mal. Que não haveria nenhum mérito em relevar os erros de nossos irmãos, se eles não houvessem feito senão ofensas leves.

Alertam aos verdadeiros Espíritas, que não olvidem estas palavras, e que o perdão contido nestas palavras não fique no esquecimento. Que devemos ser verdadeiros Espíritas, olvidando o mal, e que pensemos somente no bem que possamos praticar, e que aquele que está nesse caminho não deve jamais abandoná-lo mesmo pelo pensamento. Que posamos deixar de lado o rancor, e que Deus sabe o que está alojado em nossos corações. Que feliz será aquele que pode dormir sossegado, dizendo nada tenho contra o meu irmão.

Já Paulo, Apóstolo, em Lião no ano de 1.861, conclui que perdoar os inimigos é o mesmo que pedir perdão para nós mesmos. Que fazer isto vem a ser uma prova de amizade e demonstrar que se tornamos melhores. Portanto vamos perdoar para que Deus nos perdoe. Mais se formos inflexíveis exigentes, ele pergunta como que gostaríamos que Deus nos perdoasse? E que aquele que falar nunca perdoarei, estará assinando a sua própria condenação, porque tudo aquilo que plantarmos haveremos de colher. Ele recomenda que verifiquemos primeiro de tudo se não fomos o agressor, e se não redigimos uma palavra ofensiva?

O Bom Espírito nos chama atenção, para verificarmos se a ocasião que o nosso adversário tenha errado, não teríamos tido uma bela oportunidade para sermos indulgentes. Pergunta de quem de nós poderá afirmar que não tenhamos envenenado a situação com represália, coisa que poderia ter ficado no esquecimento? Se não poderíamos ter impedido as consequências, e se a ocasião não era uma bela oportunidade para demonstramos sermos tolerantes?

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

 Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

 

 

NÃO JULGUEIS PARA NÃO SERDES JULGADOS.

 


CAPÍTULO X. NÃO JULGUEIS PARA NÃO SERDES JULGADOS. AQUELE QUE ESTIVER SEM PECADO QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA.

 

                São Mateus no capítulo VII, vers.1 e 2, conta que os Escribas e os Fariseus trouxeram uma mulher adúltera para Jesus na tentativa de o acusarem de alguma coisa e disseram: “Mestre, esta mulher foi agora apanhada em adultério, e Moisés na lei mandou apedrejar a estas tais”. Jesus baixando a cabeça pôs-se a escrever com o dedo na Terra, e como eles lhe fizeram novamente a pergunta, ergueu-se e disse-lhes: “Aquele que dentre vós que estiver sem pecado que lhe atire a primeira pedra”. E tornando- se abaixar escrevia na terra. Mas eles ouvindo-o foram saindo um a um, sendo o mais velho os primeiros. E com isso ficou apenas Jesus e a mulher que estava em pé. Então Jesus ergueu-se e lhe perguntou: “mulher onde estão aqueles que te acusaram? Ninguém te condenou”? Respondeu ela: “Ninguém Senhor”. E então Jesus lhe disse: “Nem eu te condenarei; vai, e não peques mais”.

 João. VIII: 3-11.

               

Aquilo que Jesus falou vem a ser a indulgencia um dever, pois todos nós a necessitamos. Também nos ensina não julgarmos os outros severamente do que nos julgamos, e nem condenar os outros os que desculpamos em nós. Eu diria antes de apontar um dedo para os outros, devemos ver se os outros dedos nos apontam. Procurar não reprovar uma falta de outrem, se nós estivermos na mesma situação, ou que poderá acontecer conosco porque não estamos isento dos pecados.

O reproche lançado à conduta de outrem pode observar dois motivos: reprimir a maldade ou desacreditar a pessoa cujos atos criticamos, sendo este ultimo uma maledicência e de uma maldade. O primeiro pode ser dito ser louvável porque pode cortar o mal pela raiz, onde a própria sociedade não veria a recriminar, onde o ser humano pode auxiliar o progresso do seu semelhante.

Com isso não devemos tomar ao pé da letra este principio: Não julgueis para não serdes julgados, porque a letra mata e o Espírito vivifica.

Não é possível que Jesus haja proibido de se reprovar o mal, pois Ele mesmo nos deu o exemplo, tendo-o feito até em termos enérgicos, mas quis dizer que a autoridade de censura está na razão da autoridade moral daquele á pronuncia, pois se a pessoa não tiver moral para aquilo não pode ter direito a repreensão.

Quem deve nos dizer se temos moral para tal, vem a ser a nossa própria consciência, coisa que o ser humano geralmente não a emprega.

Devemos sempre nos lembrar de antes de julgarmos os outros, procurando indagar a nós mesmos se no lugar daquela pessoa o que faríamos.

O nosso próprio Mestre deixou dito, que antes de vermos um cisco nos olhos dos outros, devemos ver o que tem nos nossos olhos antes.

 

Bibliografia. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

Meu Blogger: getuliomomentoespirita.blogspot.com

 

RECONCILIAR-SE COM OS ADVERSÁRIOS.

 CAPÍTULO X. RECONCILIAR-SE COM OS ADVERSÁRIOS.

 

São Mateus no capítulo V, versículo 25 e 26, no tema acima ressalta as palavras de Jesus, que devemos nos reconciliar o mais depressa com o nosso adversário enquanto ele estiver no nosso caminho, e que podemos evitar que ele não nos entregue ao juiz e ao Ministério da Justiça, para que não venhamos a ser aprisionado. E lembra-nos ainda em verdade, que não sairemos de lá, enquanto não houvermos pagado até o ultimo ceitil. (Moeda em curso ao tempo de Dom João I e que valia um sexto do real. Quantia insignificante).

Com isso podemos concluir que na prática do perdão e do bem, existe dois efeitos, o moral e o material, porque a morte do nosso corpo material não nos livrará daqueles que nos consideram como nossos inimigos. Os Espíritos vingativos, que nos perseguem frequentemente com o seu ódio, após a morte do nosso corpo físico poderão nos perseguir com o seu rancor de sempre, seja lá ou aqui. O Espírito maldoso espera que aquele que ele quer mal, fique preso ao corpo físico por muito tempo, porque é mais fácil de obsedá-lo, e com isso atingi-lo com o seu interesse negativo. Este problema é mais fácil se ver na obsessão subjugada, onde a pessoa se sente confusa, não sabendo distinguir o que vem do seu eu, ou do Espírito negativo.

Para que possamos partir deste mundo em que vivemos e agrademos a Deus, é preciso que reparemos os nossos erros o mais depressa possível, pois ganhar um inimigo aqui na nossa Terra, por certo o teremos do outro lado da vida.

Deus geralmente não deixa que aja vingança, e sim espera que este Espírito se reconcilie com o seu adversário, não somente para apaziguar as discórdias, mais evitar que elas se perpetuem nas existências posteriores.

Jesus falou que não sairemos de lá enquanto não pagarmos até o último ceitil, querendo dizer com isso, que devemos tornar satisfeito completamente à justiça de Deus.

Reconciliar-nos com o adversário, significa eliminarmos as vibrações negativas do ofensor e do que se sente ofendido, que se estabelecem entre um e o outro, tendo como consequência da ação e dos sentimentos e pensamentos negativos. Com isso podemos dizer e recordar, que o pensamento negativo atrai a parte negativa, e que a positiva a parte positiva, pois cada vez que baixamos a nossa sintonia, abrimos as portas para o lado ruim, e quando nos elevamos à parte positiva.

Reconciliar-nos com os nossos adversários é desfazer a ligação negativa desses fluidos venenosos, impedindo que eles continuem após o nosso desencarne.

O nosso irmão Kardec inclusive cita o provérbio popular, que morto o cão cessa a raiva, como não valendo quando aplicado ao ser humano.

Quando Jesus nos recomendou reconciliar-nos o mais rapidamente com o nosso adversário, é para evitar justamente que isto venha a perdurar na vida Espiritual.

 

 

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pache

A INDULGÊNCIA.

 


CAPÍTULO X-BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS. A INDULGÊNCIA.

 Dentro das instruções dos Espíritos, o irmão José, um Espírito Protetor em Bordeaux, no ano de 1.863, nos orienta que primeiramente devemos saber o que significa esta palavra tão doce. Ela quer dizer que todo ser humano deve ser tolerante e cultiva-la para com o seu irmão.

Com ela o ser humano não vê os defeitos alheios, e quando começa a enxerga-los os oculta, porque a malevolência tem sempre uma desculpa, uma escusa para não colocá-la em prática.

A indulgência não se preocupa com os atos maus dos outros, não faz observações chocantes, e não tem censura nos lábios, mas somente conselhos. Devemos julgar sim os nossos atos, os nossos pensamentos sem preocupar com os outros. Digo isto porque, cada um de nós está num grau da evolução e nesta grande escola, a caminho da perfeição do nosso Espírito.

Devemos ser severos conosco e indulgentes com os outros, onde devemos nos espelhar no grande Pai Celestial que desculpa sempre as nossas faltas.

O Bom Espírito pede para que sejamos indulgentes, porque ela acalma, abranda e reergue, ao passo que o rigor desencoraja, afasta e irrita.

Com estas palavras chegamos à conclusão que devemos ser sim indulgentes para as faltas alheias, que não devemos julgar com severidade senão para com as nossas faltas, porque executando isto, Deus será indulgente conosco. Tudo funciona de acordo com o nosso plantio, dentro da lei das causas e efeitos.

Devemos com isto sustentar os fortes, encorajando-os para serem perseverantes, e também os fracos mostrando a bondade de Deus.

Este irmão Espiritual pede para mostrarmos a todos o anjo do arrependimento, que estende a sua asa branca sobre as faltas dos seres humanos, e vela os olhos daqueles que não podem ver o que é puro.

Que devemos compreender a misericórdia de Deus que perdoa as nossas faltas, assim como Ele espera de cada um de nós façamos, que devemos perdoar os que nos ofendem, e compreender melhor estas palavras não somente nas letras, mas sim colocando-as em prática.

E que raramente o que mais pedimos a Deus vem a ser o perdão das nossas faltas, sem que as vezes não perdoamos os nossos semelhantes, ou seja, os que nos ofendem. Que diante disto Deus não se contenta em apagar da Sua memória as nossas faltas, e Ele não nos pune, porém espera que a máxima seja coloca em prática perdoando os outros para depois pedir perdão.

Que quando reconhecemos os nossos erros não deixa de ser uma virtude, mas aqueles que têm a consciência que estão errados e continuam errando, acabam pecando duas ou mais vezes, porque erram conscientemente.

Uma coisa que este irmão Espiritual também nos esclarece, que quando estamos solicitando o perdão das nossas faltas e forças para nelas não mais cairmos, temos que somar a reparação ao arrependimento.

Já o Espírito do irmão João Bispo de Bordeaux, no ano de 1.862, recomenda-nos que devemos esquecer as ofensas dos outros, mais que com isto não devemos nos contentar em colocarmos um véu sobre o esquecimento das nossas faltas. Diz isto, porque o véu é bastante transparente aos nossos olhos, onde devermos perdoar não somente com a boca, mas com o coração, tendo como lema o amor junto ao perdão. Que com isto devemos fazer pelo nosso semelhante o que gostaríamos que fizessem por nós, e que devemos também substituir a cólera que nos cega, pelo amor que nos purifica, procurando seguir o exemplo daquele que foi a maior personagem que passou por aqui. E seguindo Ele por certo nos conduzirá ao repouso tão desejado por nós, após as nossas lutas para o lado do bem. Ele nos orienta também que devemos continuar carregando as nossas cruzes como Jesus carregou a sua, e como maior exemplo não cruzou os braços por isso, e sim continua nos abençoando e iluminando como Espírito e verdade.

Por outro lado o Bispo de Nevers em Bordeaux, chamado de Dufêtre, nos diz que para atingirmos o cume do progresso, temos que sermos firmes e indulgentes para com as falhas alheias. E que esta vem a ser a chave do progresso que poucas pessoas observam, onde todos nós temos más tendências a vencer e defeitos a corrigir, existindo hábitos a modificar. Esses defeitos que ele se refere, não consistem apenas naqueles que fumam, bebem, mais sim os vícios mais graves que são o nosso orgulho e a vaidade. Que corrigir os nossos erros não deixa de ser uma virtude, mas persistir neles acaba agravando as coisas.

Ele pergunta a nós o porquê sermos tão implacáveis com os outros e cegos para conosco, que devemos nos lembrar daquela máxima, não enxergar no olho do próximo um argueiro que nos cega, mais sim uma trave nos nossos olhos.

Que com isto devemos policiar as nossas atitudes e pensamentos esquecendo os outros dentro desta máxima, e que todo ser humano orgulhoso que se acha superior aos outros se considerando superdotado, acaba sendo insensato e culpado. Que a humildade e a caridade faz com que possamos ver nos outros senão superficialmente os seus defeitos, e sim enaltecer as suas virtudes, e se existir em nossos corações um abismo de corrupção, existem sim algumas dobras mais ocultas que vem a ser o germe de inúmeros bons sentimentos.

Diz que felizes são aqueles que abraçaram a religião Espírita, entendo-a, porque aproveitaram as orientações salutares que os Bons Espíritos trouxeram, e com os que sofrem aprenderam o que não fazer, e como não se portar como eles. Que para os Espíritas o caminho vem a ser iluminado, e em todo o seu percurso, podendo ler estas palavras que lhe indicam o meio de atingir o fim; caridade para com os outros e para si, e o amor para com Deus, aonde Nele resume todos os deveres, aonde a caridade vem a ser o ponto primordial para que todos possam receber Dele tudo isto, e mais que não enxergamos.

Para findar, pede que saibamos que devemos fazer tudo pelos outros sem querer nada em troca.

Foram feitas várias perguntas ao Irmão São Luiz em Paris no ano de 1.860, conforme abaixo:

1-Se uma pessoa não sendo perfeita pode repreender uma outra?

Ele respondeu que não, e eu acho que não tendo moral como que se acha na condição de fazer isto. Que devemos trabalhar para o progresso de todos, que quando formos repreender alguém façamos com moderação, e se possível somente com ele;

2- Se podemos observar as imperfeições dos outros, quando isto não venha a ser um benefício?

Respondeu que depende das nossas intenções se é para o bem ou para o mal. Outra falta grave é tornar público os defeitos dos outros.

3- Se existe situações que seja útil divulgarmos o mal dos outros?

Que acima de tudo deva prevalecer à caridade, e podemos fazer em particular a ele sem diminuí-lo, e que antes de tudo devemos somar os pros e contras.

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

 

0 ARGUEIRO E A TRAVE NO OLHO.

 


CAPITULO X. BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS: O ARGUEIRO E A TRAVE NO OLHO.

 

No capítulo VII, Vers. 3,4, e 5, o nosso irmão Mateus pergunta: “Por que vemos um argueiro no olho do nosso irmão, onde temos uma trave no nosso”? Ou como costumamos dizer, deixe-nos tirar um argueiro (cisco) do vosso olho, se nós temos uma trave no nosso? Pois é, com tudo isto ele nos adverte para que tiremos primeiro a trave do nosso olho, para depois querer tirar o argueiro dos outros.

E isto vem a ser uma grande verdade, a humanidade sempre enxerga os defeitos dos outros sem enxergar os seus. Para julgarmos os outros teríamos que trocar de lugar com aquele que enxerga os defeitos, e perguntarmos a nós o que faríamos no lugar deles, se alguém estivesse nos julgando como procederíamos? È impressionante o que o orgulho faz com uma pessoa que não consegue enxergar os seus defeitos, tanto moral como físico, aonde isto vem a ser contrário a caridade, porque a caridade orgulhosa vem a ser um contra senso. Somos obrigados a perguntar de novo, como pode uma criatura orgulhosa que age desta maneira chamar a atenção de outra pessoa, se ela se presta a fazer coisas desta maneira? O orgulho vem a ser o pai de muitos vícios e a negação de muitas virtudes, por isso nosso Mestre Jesus sempre condenou esta atitude por ser contraria ao progresso.

Devemos nos lembrar: Se admitirmos que somos orgulhosos ou tiver o defeito acima, e nada fizermos para sair desta, pecamos duas vezes, porque sabemos estar errados e continuamos a fazer.

Jesus foi claro: “Não julgueis, a fim de que não sejais julgados. Aquele que estiver sem pecado, lhe atire a primeira pedra”. Já no capítulo VII, Vers. 1 e 2, São Mateus comenta sobre estes últimos palavreados de Jesus, querendo dizer, que seremos julgados segundo tivermos julgados os outros, e com a mesma medida da qual nos servimos para com eles.

Já no capítulo VIII, vers. de 3 a 11, São João dá-nos como exemplo, aquela situação em que os Escribas flagraram uma mulher adultera e a colocaram no meio do povo, dizendo a Jesus:

” Mestre, esta mulher acaba de ser surpreendida em adultério: ora Moises ordena na lei para lapidar as adulteras”. Eles perguntaram a Jesus isto com o intuito de ter alguma coisa para acusá-lo, mas Jesus com a cabeça baixa escrevia com o dedo na terra, e como continuaram a interrogá-lo, Ele se ergueu e falou:” Aquele que dentre vós que estiver sem pecado que lhe atire a primeira pedra”. Com isso um a um foram se retirando, e assim Jesus acabou ficando somente com a mulher que estava no meio da praça, e então Jesus se levantou e disse: “Onde estão os vossos acusadores? Ninguém vos condenou”? Ela acabou lhe respondendo que não, e Jesus lhe disse: “Eu também não vos condenarei, ide, e no futuro não pequeis mais.”

Com todos estes exemplos, e das palavras de Jesus proferidas aos Escribas, nos faz lembrar da tolerância como um dever, onde ela nos ensina que não devemos julgar os outros mais severamente do que julgaríamos a nós mesmos, e nem condenarmos os outros o que desculpamos em nós. Devemos antes de censurarmos os outros, verificar se a mesma reprovação não poderia recair sobre nós.

A censura lançada sobre os outros tem seus motivos, como reprimir o mal ou desacreditar a pessoa pela qual se criticam os atos, sendo este último motivo não ter desculpas porque, vem a ser uma maledicência e de maldade.

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

E PERMITIDO REPREENDER OS OUTROS?

 


CAPÍTULO X. BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS.

É PERMITIDO REPREENDER OS OUTROS?

 

O irmão São Luiz em Paris, no ano de 1.860, respondeu a pergunta, que partindo do principio de que ninguém é perfeito, se a pessoa tem a moral e o direito de repreender o próximo, ele deixou dito:

Que certamente que não, pois cada um deve trabalhar para o progresso de todos, e, sobretudo dos que estão sob a sua tutela. Mas isso é também uma razão para ser feito com moderação, e com uma intenção útil, e não como geralmente é feito, pelo prazer de denegrir a imagem do outro. Neste último caso, a censura é uma maldade; no primeiro, é um dever que a caridade manda cumprir com todas as cautelas possíveis; e ainda assim, a censura que se faz a outro deve ser endereçada também a quem reprende, para ver se não a merece.

Já com respeito à pergunta, se será repreensível observar as imperfeições dos outros, quando disso não possa resultar nenhum benefício para eles, e mesmo que não seja divulgada, a resposta foi a seguinte:

Que tudo depende da intenção. Certamente que não é proibido se ver o mal, quando o mal existe. Seria mesmo inconveniente ver-se por toda a parte somente o bem: essa ilusão prejudicaria o progresso. O erro está em fazer essa observação em prejuízo do próximo, desacreditando-o sem necessidade na opinião pública. Seria ainda repreensível fazê-la com um sentimento de malevolência, e de satisfação por encontrar os outros em falta. Mas dá-se inteiramente o contrário, quanto, lançando um véu sobre o mal, para ocultá-lo do público, limitamo-nos a observá-lo para proveito pessoal, ou seja, para estudá-lo e evitar aquilo que nos censuramos nos outros. Essa observação, aliás, não é útil ao moralista? Como descreveria ele as extravagâncias humanas, se não estudasse os seus exemplos?

Na pergunta subsequente se há casos em que seja útil descobrir o mal alheio, ele salienta que esta questão é muito delicada, e precisa-se recorrer à caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa só prejudicam a ela mesma, não há jamais utilidade em divulgá-las. Mas se elas podem prejudicar a outros, é necessário preferir o interesse do maior número ao de um só. Conforme as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode ser um dever, pois é melhor que um ser humano caia, do que muitos serem enganados e se tornarem suas vítimas. Em semelhante caso, é necessário balancear as vantagens e os inconvenientes.

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem lida e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

SACRIFÍCIO MAIS AGRADÁVEL A DEUS.

 

CAPÍTULO X-SACRIFÍCIO MAIS AGRADÁVEL A DEUS.


 

São Mateus no capítulo V, vers.23 a 24, nos orienta que quando formos apresentar uma oferenda ao altar, e lembrarmos que o nosso irmão tem alguma coisa contra nós, que deixemos está para depois, e antes de tudo que devemos ir se reconciliar com o nosso irmão.

Isto nos faz lembrar as palavras de Jesus, que falou para irmos e se reconciliar com o nosso irmão antes de apresentar nossa oferenda ao altar.

Com isso Ele quis dizer, que antes de nos apresentarmos a Ele o nosso Mestre para pedir perdão, que devemos primeiro perdoar, e que somente assim poderemos agradar a Deus o nosso Pai, porque teremos um coração puro de todo mal pensamento.

Que devemos materializar este preceito não seguindo os exemplos dos Judeus, que ofereciam sacrifícios materiais, e que o verdadeiro Cristão vem a ser aquele que não oferece sacrifícios deste tipo, e sim se detém oferecendo a sua alma pura, porque no templo de Deus não entra o sentimento de ódio e mau pensamento contra os outros. Que agindo assim a nossa prece será levada pelos Bons Espíritos aos pés de Deus.

Eis o que Jesus quis dizer naquelas palavras iniciais, se quisermos agradar a Deus:

Ele nos ensinou que o sacrifício mais agradável a Deus é nos livramos dos nossos próprios ressentimentos, e que antes de pedirmos perdão ao nosso Pai todo Poderoso, é preciso que se perdoe aos outros, e que se algum mal que tivermos feito contra um irmão é preciso termos reparado.

E que somente assim a oferenda será agradável a Deus, porque provem de um coração puro de qualquer sentimento maldoso.

Jesus materializa está recomendação porque os Judeus ofereciam sacrifícios materiais e era necessário conformar as suas palavras aos costumes do povo. E que o verdadeiro Cristão não oferece prendas materiais porque espiritualizou o sacrifício, mas que o preceito não tem menos forças para Ele, oferecendo a alma a Deus sem estar purificada. Que para entrar no Reino De Deus, devemos deixar do lado de fora todo o sentimento de ódio e rancor, enfim todo mal pensamento contra o nosso irmão.

Que sendo assim a nossa prece será levada em conta e levada pelos Bons Espíritos a Deus.

Para mim este ensinamento vem de encontro também com uma das recomendações que o nosso mestre deixou para nós, que consiste no sentimento do perdão das ofensas, e que o ódio e o rancor provem de uma alma sem elevação e sem grandeza, e o esquecimento das ofensas vem a ser uma alma elevada que está acima dos insultos; uma sempre é ansiosa de uma ofensa ligeira e desconfiada e cheia de ódio, e a outra provem da calma, cheia de mansuetude e de caridade acima de tudo.

Com isso concluímos que existe apenas uma maneira de se perdoar a alguém, a de não exigir nada em troca, e não impondo condições.

Jesus sempre nos ensinou a sermos misericordiosos, e que este não tem limites, onde afirma para perdoarmos o nosso irmão não sete vezes apenas, mais setenta vezes sete vezes.

 

 

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

PERDOAI PARA QUE DEUS VOS PERDOE.

 


CAPÍTULO X-BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS.

PERDOAI PARA QUE DEUS VOS PERDOE.

 

São Mateus no capítulo V. v. 7, exalta as palavras de Jesus:

“Bem aventurados os misericordiosos, porque obterão misericórdia”.

E no capítulo VI. v.  14 a 15:

 “Se perdoardes aos homens as faltas que cometeram contra vós, também Vosso Pai Celestial vos perdoará os pecados”.

Já no capítulo XVIII, v.15, 21,22:

 “Se contra vós pecou vosso irmão, ide fazer-lhe sentir a falta em particular, a sós com ele; se vos atender, tereis ganho vosso irmão”.

Com isso, aproximando-se Dele Pedro perguntou: “Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão quando houver pecado contra mim? Até sete vezes”?

Jesus lhe respondeu: “Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes”.

Conclui-se com todos estes ensinamentos de Jesus, que a misericórdia vem a ser o complemento da doçura, porque aquele que não é misericordioso não sabe ser brando e pacífico.

 As palavras de Jesus consistem no esquecimento do perdão das ofensas. Já o ódio e o rancor provem de uma alma sem elevação e sem grandeza, e o esquecimento das ofensas vem a ser uma alma elevada que está acima dos insultos; uma sempre é ansiosa de uma ofensa ligeira e desconfiada e cheia de ódio; a outra provem da calma, cheia de mansuetude e de caridade acima de tudo.

Ai daquele que disser, eu não vou perdoar jamais. Este por certo se não for condenado pelo ser humano, por certo será por Deus. Com isso pergunta-se: com que direito ira reclamar o perdão das suas faltas, se ele mesmo não perdoa os dos outros?

Jesus sempre nos ensinou a sermos misericordiosos e que ele não tem limites, onde afirma que para perdoar o nosso irmão não deve ser sete vezes apenas, mas setenta vezes sete vezes.

Raciocinando-se concluímos que existe apenas uma maneira de se perdoar alguém, ou seja, a de não exigir nada em troca, a qual poupará com delicadeza o amor próprio e a ofensa ligeira do adversário. A forma errada de se perdoar alguém é lhe impondo condições humilhantes, e fazendo sentir o peso de um perdão, que por certo vira a irritar no lugar de acalmar.

Uma das formas de se humilhar uma pessoa é mostrando ao povo que é generoso, perdoando aquela criatura que lhe pede perdão. Nisso não existe generosidade, mas sim um modo de satisfazer o seu orgulho.

Aquele que se mostra mais conciliador, provando desinteresse, caridade vem a ser a verdadeira grandeza d´alma, e que por certo conquistará a simpatia das pessoas imparciais.

 

 

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

A PACIÊNCIA.

 


CAPÍTULO IX-INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

A PACIÊNCIA

 

Vem a ser um dos meios onde somos lapidados através da dor, coisa que ninguém quer para si. É através da dor que acabamos descobrindo que éramos felizes.

A dor vem a ser um meio pelo qual Deus permite atingirmos o cume da perfeição.

Veja o diamante antes de se tornar aquela pedra bonita, vem a ser uma pedra bruta e quantas cinzeladas ela leva para chegar a este estado.

É se baseando neste exemplo, que dizemos que a paciência vem a ser uma virtude que devemos praticar, seguindo o exemplo do nosso Mestre Jesus. A caridade não se resume apenas em dar esmolas ao pobre, e sim aquela que é a mais difícil perdoar aqueles que Deus permite reencarnarem em nosso caminho, para nos fazer sofrer e colocarmos a paciência à prova.

Na vida nada é fácil como diz o meu Mentor Espiritual Cacique, porque temos que fazer a nossa parte para conseguirmos o nosso intento. Isto quer dizer que em tudo o que gostaríamos de ter ou obter, tem que ser através do nosso esforço, porque os 50% depende de nós e os outros Deus e Jesus farão.

Devemos sempre fazer um balanço das compensações e consolações que temos recebido, e temos a certeza que chegaremos a uma conclusão que as bênçãos foram maiores que as dores. Às vezes o fardo parece ser mais pesado do que podemos carregar, mais Deus não permite carregarmos em nossos ombros aquilo que não podemos. O fardo parece menos pesado quando olhamos do alto, do que quando deixamos nos curvar a nossa fronte para o chão.

O Bom Espírito amigo em Havre, no ano de 1.862, nos encoraja dizendo para espelharmos na figura de Jesus, onde Ele sofreu e não cruzou os seus braços, ou seja, suportou as maiores humilhações e não parou, porque até hoje está conosco em Espírito e verdade.

Com tudo isto, sejamos Cristãos realmente, mais pacientes na acepção da palavra.

Portanto irmãos, quando estiverem passando por momentos difíceis, contem com as vantagens que você dispõe, de modo a imunizar-se contra o assalto das trevas. Dizemos isto porque, quando chegam ao extremo de não ter paciência, abrem o caminho para que Espíritos desta natureza venham a conviver consigo.

Quando os amigos se afastarem de você, reflita na provação daqueles que nunca os tiveram;

Nas agressões, pense no cérebro equilibrado de que vocês esta munido para agir em apoio aos companheiros doentes da alma;

Tarefas em sobrecarga compelindo você ao desânimo e cansaço. Gaste alguns momentos, examinando a luta dos irmãos sem qualquer possibilidade de emprego na garantia da própria sustentação.

Procure somar as bênçãos da sua vida e vacine-se contra o desespero, porque este vem a ser um vulcão de fogo e sombra, cuja extensão nos domínios de desequilíbrio e da morte ninguém pode calcular.

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

 

 

 

 

OBEDIÊNCIA E RESIGNAÇÃO.

 


CAPÍTULO IX. INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

OBEDIÊNCIA E RESIGNAÇÃO

 

 O Espírito de lazaro, em Paris no ano de 1.863 nos diz que os dois acima representam a doçura, e são recomendados pelo nosso Mestre Jesus, onde as pessoas geralmente confundem com a negação do sentimento e da vontade.

A obediência vem a ser o consentimento da razão, e resignação a do coração.

Ambas são ativas e carregam o fardo das provas que a revolta insensata deixa cair.

O covarde não pode ser resignado, assim como o orgulhoso e o egoísta não pode ser obedientes. Jesus foi à encarnação dessas virtudes desprezadas, e veio justamente no momento em que a sociedade romana perecia nos desfalecimentos da corrupção. Ele veio luzir no seio da humanidade abatida, os triunfos do sacrifício e da renúncia carnal.

Cada época estava estampada o selo da virtude ou do vício, que deve salva-la ou perde-la.

A virtude em nossa época depende muito da atividade das pessoas, quanto ao mundo Espiritual ou material. O vicio vem a ser a indiferença moral.

Um Espírito Protetor diz somente atividade, porque o gênio pode se elevar de repente, descobrindo sozinho o horizonte que a multidão não verá senão depois dele. Já a atividade vem a ser a reunião de esforços de todos para atingir um fim menos grandioso, mas que a prova vem a ser à elevação intelectual de uma época. Ele recomenda submetermos a prova, obedecendo a grande lei do progresso.

Coitado daquele Espírito preguiçoso, daquele se fecha no entendimento infeliz, porque os Guias da humanidade os atingirão com o chicote, forçando-os a sua vontade rebelde no duplo esforço do freio e da espora, onde toda a resistência orgulhosa deverá ceder cedo ou mais tarde.

Bem aventurados os que são Brandos, porque prestarão dócil ouvido aos ensinamentos.

Lendo tudo isto, podemos dizer que a nossa Doutrina Espírita ensina-nos a observarmos e praticarmos a obediência e a sermos resignados. Isto porque a obediência vem a ser o consentimento da razão, e a resignação o consentimento do coração como foi dito pelo irmão Lazaro. Tudo porque são forças vivas, levando o fardo das provas que a revolta insensata deixa cair. O covarde não pode ser resignado, assim como o orgulhoso e o egoísta não podem serem obedientes.

Cada época vem a ser marcada pelo vicio ou pela virtude, que podem levar as pessoas a se perder ou se salvar. A virtude está ligada a atividade intelectual, e o vício a indiferença moral. Tudo isto porque o gênio pode se elevar a qualquer momento, e descobrir novos horizontes que a multidão somente vera depois dele.

Devemos obedecer à lei do progresso que vem a ser a palavra da geração, e infeliz será aquele que resistir orgulhosamente porque terá que ceder mais cedo ou mais tarde.

 

 

 

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

A CÓLERA.

 


CAPITULO IX. INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

A CÓLERA

 

Dentro das instruções dos Espíritos, Um Espírito Protetor em Bordeaux no ano de 1.863, nos informa, que a cólera que quer dizer raiva, é quase sempre oriunda do orgulho que acaba deixando as pessoas cegas, porque se julgam melhores do que os outros; eu diria vem a ser uma catarata nos olhos de quem é, e que não faz nada para deixar de ser. Chegam ao ponto de não gostarem de comparações que possam rebaixá-los, mas ficam satisfeitas quando a comparação é para se sentirem superiores, seja no caráter social ou Espiritual.

Uma pessoa assim se irrita fácil, devendo verificar qual a causa disto, que talvez seja uma loucura que pode ser passageira, onde o levará a perder a razão fácil. A causa encontrada vem quase sempre do orgulho ferido que se faz rejeitar a observações justas, que o leva a cólera.

A pessoa tomada pela cólera acaba atacando fácil a tudo, onde se pudesse se ver, ele teria medo de si própria e veria a se achar ridículo!

Se ele pudesse imaginar que a cólera não resolve nada e sim o prejudica e o atrapalha, porque acaba alterando a sua saúde e comprometendo a sua própria vida.

 Com isso o seu pensamento se torna infeliz, e acaba fazendo também infelizes as pessoas que convivem com ele, porque acaba tendo a companhia de Espíritos que pensam da mesma maneira.

De uma maneira resumida, a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas acaba impedindo de praticar o bem e acaba fazendo o mal.

Nós os Espíritas devemos saber que isto vem a ser contraria a caridade e humildade cristã, portanto vamos combatê-la.

Já o Irmão Hahnemann em Paris, também no ano de 1.863, nos informa que as pessoas às vezes se deixam levar pela ideia falsa de que não podem se corrigir, e se veem dispensadas desta reforma íntima que vem a ser a correção dos seus defeitos. Que isto sempre acontece com aquela pessoa dominada pela cólera, que se desculpa quase sempre do seu temperamento. Que sempre põe a culpa no seu organismo, acusando inclusive Deus pelas suas faltas. Que tudo isto vem a ser a consequência do seu orgulho, que se encontra misturado as suas imperfeições.

Diz também que existem sim músculos mais flexíveis, que se prestam a atos violentos e derivam a torneios de força, mais que isto não venha a ser a desculpa para sua cólera.  Que um Espírito encarnado em um corpo deste, somente se tornará violento se o seu eu se deixar levar por esta situação. Se baseando nisto, jamais o corpo físico dará passagem para a cólera e para aquele que não a tem, e que toda pessoa pode se modificar.

Que a pessoa somente continuará do lado errado se quiser, e se não fizer nada para sair desta.

Que devemos nos lembrar de que existe na vida a lei do progresso.

 

 

 

Bibliografia. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

A AFABILIDADE E A DOÇURA.

 


CAPÍTULO IX. INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

A AFABILIDADE E A DOÇURA

 

Dentro das instruções dos Espíritos, o irmão Lazaro em Paris no ano de 1.861, descreve para nós este tema que quer dizer a delicadeza e a doçura já diz o que significa.

A benevolência para com o nosso semelhante, significa ser o fruto do amor ao próximo, que vem a produzir a delicadeza e a doçura.

Não é preciso se apegar nas aparências, onde a educação e o hábito podem dar verniz para essas qualidades.

O mundo está cheio de pessoas que possuem o sorriso nos lábios e o veneno no coração; são brandas enquanto nada lhes acontece, mas que se deixam levar pela ira e a cólera à menor contrariedade.

Essas pessoas são aquelas que fazem a sua família sofrer e seus subordinados por causa do seu orgulho e da sua vaidade, que lhes trazem problemas. Aquilo que eles plantam acabam colhendo, e às vezes até culpando Deus pensando ser castigo por parte Dele. Mas esquecem da lei das causas e efeitos, que é tudo aquilo que plantamos haveremos de colher.

Damos como exemplo, o ódio que dão aos outros e acabam recebendo para si. Eles querem ser temidos por aqueles que não podem resistir-lhe, aonde o seu lema vem a ser: “Aqui eu mando e sou obedecido”, e que pode ser substituído pelo sinônimo, “eu sou detestado”.

Não basta se esconder atrás das aparências, e sim daquilo que vem do coração, tirar o fingimento de sua vida. Os que não são fingidos, nunca se contradizem jamais, sendo os mesmos no mundo da intimidade. Eles sabem que pode enganar aos seres humanos, mas a Deus nunca.

Tudo isto que o irmão descreveu, quer dizer que a benevolências para com os semelhantes, é fruto do amor ao próximo, onde acaba produzindo a afabilidade e doçura. Mas nem sempre no mundo em que vivemos podemos confiar nas aparências, que às vezes existem muitos lobos fantasiados de cordeiros.

Tem pessoas que se apresentam doces contando que ninguém venha a molesta-los, mas que mordem a menor das contrariedades.

Estas pessoas são aquelas que pertencem ao mundo dos benignos fora de casa, mas tiranos dentro dela, que fazem da sua família serem seus subordinados. Não conseguindo por sua autoridade aos outros, querem pelos menos serem temidos pelos que não podem resistir-lhes.

Sua vaidade lhes satisfaz, porque a sua palavra vem a ser a ordem do dia, como por exemplo:

“Aqui eu mando e sou obedecido”, sem pensar que com isso está sendo detestado.

Não adianta a pessoa se apresentar com os lábios cheios de mel, e com o coração cheio de hipocrisias. Aqueles que se apresentam dentro da afabilidade e a doçura não são fingidos, onde jamais serão detestados, e sim amados.

 

 

 

Bibliografia. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

 

 

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

SE A VOSSA MÃO ESQUERDA É MOTIVO DE ESCÂNDALO, CORTAI-A.

 


CAPÍTULO VIII-ESCÂNDALOS.

SE A VOSSA MÃO ESQUERDA É MOTIVO DE ESCÂNDALO, CORTAI-A.

 

São Mateus no capítulo XVIII, v. de 6 a 11, e cap. V, v. de 29 a 30 nos chama a atenção para estas palavras:“Ai do mundo por causas dos escândalos; pois, é necessário que venham os escândalos; mas, ai do homem por quem o escândalo venha.

Se algum escandalizar a um desses pequenos que creem em mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós que um asno faz girar, e que o lançassem no fundo do mar.

Tende muito cuidado em desprezar nenhum desses pequenos; eu vos declaro que no Céu, seus anjos veem sem cessar a face do meu Pai que está nos Céus; porque o filho do homem veio salvar o que estava perdido.

Se a vossa mão ou vosso pé vos é motivo de escândalo, cortai-os e atirai-os longe de vós; é bem melhor para vós que entreis na vida não tendo senão um pé ou uma mão, do que terdes dois e serdes lançados no fogo eterno. E se vosso olho vos é motivo de escândalo, arrancai-o e lançai longe de vós; é melhor para vós que entreis na vida não tendo senão um olho, que terdes dois e serdes precipitados no fogo do inferno”.

Diante disto tudo, Ele quer dizer que o escândalo vem a ser toda ação que venha a chocar com a moral, ou decência de um modo ostensivo.

O escândalo não está na ação de si mesmo, e sim no reflexo que ele pode causar. A palavra em si dá uma ideia de certa explosão de comentários.

Muitas pessoas se contentam em evitar um escândalo, porque veria a ferir o seu orgulho e sua consideração, diminuindo-as perante aos seres humanos. Elas se contentam em evitar o escândalo, contando que as pessoas ignorem as suas baixezas, o que lhes bastam para que a sua consciência fique tranquila, isto comparando as palavras de Jesus que diz: “Sepulcros brancos por fora, mais cheios de podridão por dentro; vasos limpos por fora, sujos por dentro”.

No sentido religioso a palavra escândalo não quer dizer somente aquela que ofende a consciência de outrem, e sim tudo o que venha a resultar em vícios e das imperfeições das pessoas, pois toda reação má pode resultar de um indivíduo para outro com ou sem repercussão. O resultado desses vem a ser efetivo do mau moral.

Jesus falou que a nossa Terra existe o escândalo, porque o ser humano sendo imperfeito é inclinado à maldade, sendo o mesmo que as arvores possam dar maus frutos.

È preciso que entendamos que a maldade pode ser uma consequência da imperfeição do ser humano, mas isto não quer dizer que devemos ser obrigados a pratica-los.

Às vezes o escândalo vem a ser um mal necessário, porque ele estando junto ao ser humano que está aqui em expiação, e acaba punindo-o pelo contato com o vício, dos quais ele é a primeira vítima, onde acaba compreendendo os seus inconvenientes.

Isto quer dizer, que quando estiver cansado de sofrer no mal, por certo procurará o remédio no bem.

A reação desses vícios serve como castigo para alguns, e de provas para outros. È assim que Deus faz emergir o bem do mal, onde as pessoas se utilizam das coisas ruins e vis.

Se o escândalo estivesse privado em nosso planeta, por certo o Poder Maior não teria o trabalho de corrigi-los. A tarefa da correção dos indivíduos não é fácil.

Vamos imaginar o nosso mundo perfeito, sem ter pessoas praticando a maldade, onde por certo sentiríamos felizes. Esta amostra vem a ser de um mundo mais avançado, aonde a maldade foi excluída, e onde um dia poderemos desfrutar, isto é, se cada um de nós procurarmos fazer a nossa parte para que isto possa acontecer.

Enquanto existem mundos que avançam cada vez mais para o lado do bem, existem outros que recebem seres primitivos, servindo de exílio para eles e um lugar de expia para Espíritos imperfeitos, rebeldes e obstinados na maldade, e que foram rejeitados em outros mundos que se tornaram felizes.

Mas ai daqueles que se deixarem levar pelos escândalos, mesmo de uma forma inconsciente, aonde o mal vem a ser sempre o mal. Isto quer dizer o mesmo, que um pai que suporta um filho ingrato porque ele foi um mau filho e fez seu pai suportá-lo, e hoje paga por isso. Mais isto não quer dizer que o se filho não deva ser corrigido, pois vem a ser uma dupla responsabilidade, pois errou como filho e hoje tenha que errar como pai. Terá por certo que encaminha-lo para um bom caminho.

Se a expressão se a sua mão é uma causa de escândalo cortai-a, mesmo que pareça ser palavras enérgicas, não quer dizer que devemos fazer aquilo que está escrito, e sim simplesmente cortar os escândalos que posam estar nos envolvendo, que vem a ser um mal. Quer dizer também tirar do nosso coração todo o sentimento impuro, e de toda a fonte viciosa. Tudo isto significa que seria o mesmo que tivéssemos cortado a nossa mão alvo de escândalo.

Jesus sempre falou por parábolas, que quer dizer no sentido alegórico e profundo das palavras, mas muitas coisas ainda não foram compreendidas.

Por ter Jesus falado por este meio para aquelas pessoas que viviam naquela época remota, muita coisa foi compreendida e distorcida por algumas religiões.

È por isso que eu mesmo que tenha nascido em berço Espírita, passei por algumas sem receber respostas concretas, e sim abstratas e evasivas.

Foi justamente onde comecei a estudar esta religião que eu abraço, porque ela me deu as respostas que eu passei pela minha fé raciocinada, e cheguei à conclusão que era aqui o meu verdadeiro caminho.

Fui buscar as respostas que eu fazia na época, como, da onde vim, para onde vou, porque algumas pessoas são aleijadas e outras sãos, porque uns ricos outros pobres, e assim por diante. Quando perguntava nas outras religiões, diziam serem coisas de Deus. Realmente são Dele, mas Deus não castiga as pessoas, e sim as obras que cada um constrói acaba pagando, se não for aqui, será em outras encarnações.

Para isto lembramos que existe a lei da ação e reação, que vem a ser a das causas e efeitos. Deus criou a natureza e ela sim age dentro das suas leis. Portando Deus não castiga ninguém dos seus filhos, e sim da oportunidade de se redimirem, não existindo penas eternas.

Portanto irmão, longe do fanatismo, se você quiser mais respostas para seus males e outros, adquira o Livro dos Espíritos e lá você encontrará as respostas para a sua vida material e Espiritual.

 

Bibliografia. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.