GRUPO DE ESTUDO "ALLAN KARDEC"
QUEM É MARIA PARA
OS ESPÍRITAS?
IRMÃ MARIA MÃE DE
JESUS.
Maria ganhou muitos nomes pelos católicos. Por exemplo: Nossa Senhora de
Fátima, pela aparição em Fátima (Portugal); Nossa Senhora Aparecida, por ter
sido encontrado uma imagem na cidade de Aparecida durante uma pesca; o título
de rainha, etc., são nomes e títulos que a Igreja Católica deu a Maria. Para
nós espíritas ela foi aqui na Terra, Maria a mãe de Jesus. Hoje, é um espírito
que continua a trabalhar na Seara do Senhor, não mais como mãe, mas como irmã
de Jesus e de todos nós, já que aprendemos que somos todos filhos de Deus, e
aqui na Terra nós não “somos” mães, filhos, netos, etc., nós “estamos” por um
breve tempo desempenhando tais papéis. Temos grande admiração e respeito a este
espírito que aceitou a missão de receber o maior espírito que o planeta Terra
já recebeu: JESUS. E foi ele que pediu que fossemos "mansos como as
pombas, mas prudentes como as serpentes". E nós somos mansos como as
pombas e nos esquecemos de ser prudente como a serpente. E tudo que os outros
dizem, nós acreditamos. Vejamos que na idade média, a religião tradicional
dizia para o povo que o mundo ia acabar. E o povo saía entregando as fazendas,
as cabras, as casas, para a religião dominante. Mas, se o mundo ia acabar,
porque a religião recebia? E ninguém refletia sobre isto? Mostrando como somos
tolos. Temos que pensar no que está sendo apregoado, se faz sentido. E na
maioria das vezes, veremos que são coisas ridículas. E os zombeteiros tiram
proveito disso, enquanto nós nos conformamos dizemos que isso é das religiões.
As pessoas mais atentas dirão: “Tá vendo, o que a religião faz com a cabeça dos
outros?” Mas não é a religião, são alguns religiosos encarnados ou
desencarnados, ou pseud. religiosos, seria melhor dizer, que se valem do nome
da crença, da atitude das pessoas, da imaturidade emocional dos indivíduos, e
saem por ai pregando.
J. Raul Teixeira conta, em uma de suas palestras que certa vez, no seu Estado
(R.J.), apareceu um indivíduo com um cobertor nas costas, fazendo profecia e
dizendo que aquele cobertor havia sido mandado tecer por Maria de Nazaré para
ele. E as pessoas iam lá colocar a mão no tal cobertor e queriam levar um
pedacinho. E conclui dizendo: “em pleno século 21, é um vexame. Muita gente
sofre enganos, é enganada, é iludida, furtada, roubada, porque não amadureceu
emocionalmente, intelectualmente, não aprendeu a raciocinar. E estes quesitos
não podem ser imputados à Deus, à Jesus e nem à religião, mas sim, aos grupos socioeconômico,
político-econômico, que adotam os nomes das religiões. Bom senso e água fluidificada,
não fazem mal a ninguém. É a ingenuidade que faz com que as pessoas busquem
este tipo de coisa. Isso vai gerando a ignorância cada vez maior das pessoas.
Quando alguém ouve que apareceu Nossa Senhora na janela, o povo todo marcha
para lá. Encontraremos universitários ou não, é uma ignorância generalizada.
Usemos o raciocínio e perguntemos: “Será que Nossa Senhora não tem mais o que
fazer nos paramos celestiais?” ; “Será que para ajudar a humanidade ela precisa
vir aqui em São Paulo, Rio de Janeiro, etc.?”; “Por que Maria não apareceria
para os povos africanos, japoneses ou da Etiópia?” Por detrás desta psicologia
da credulidade tem sempre alguém tirando vantagem. Nós estamos desacostumados a
pensar. Nós estamos acostumados a acreditar. Somos pouco criteriosos. O
Espiritismo está nos ajudando a pensar, questionar e não aceitar tudo que nos
dizem.”
O QUE É SANTO NA VISÃO ESPÍRITA? André Luiz responde: “É um
atributo dirigido a determinadas pessoas que aparentemente atenderam, na Terra,
à execução do próprio dever.” Os santos são chamados pela Doutrina Espírita de
socorristas, e estes trabalham e não querem outro pagamento a não ser adquirir
vontade de serem bons e servos de Jesus. Trabalham por toda parte, nos umbrais,
nos postos de socorro e também ajudam os encarnados e muitas vezes, atendem os
chamados de fé em nome das diversas entidades conhecidas na Terra (Maria,
Jesus, Expedito, etc.). Há grande concentração de socorristas em lugares de
romaria onde muitos oram e fazem pedidos. Estes abnegados trabalhadores atendem
em nome de Nossa Senhora, dos diversos santos, de Jesus, etc. Os bons acodem
sempre. Se os pedidos são mais complexos, são encaminhados a ministérios
próprios e analisados pelos que lá trabalham. Para serem atendidos, são levados
em conta alguns critérios como: “O que pede é bom para ele?” As vezes, pede-se
uma graça que seria um bem no momento, e causa de dor no futuro; pedem fim de
sofrimentos, doenças e às vezes não se pode interromper o curso de seu resgate;
também é levado em conta, se ao receber a graça, a pessoa melhora se voltando
mais ao “Pai”. Se aprovado, vão os socorristas e ajudam a pessoa, não importando
a eles para quem foi feito o pedido, embora, há equipes que trabalham atendendo
os pedido à Nossa Senhora, santos do lugar, etc. . . . Podemos também ser
atendidos pelos próprios santos, que nada são que servos de Jesus.
O ESPÍRITA FAZ PROMESSA? Não. Promessa é costume dos católicos. Nós
espíritas não barganhamos com Deus, Maria ou qualquer outro "santo".
Por exemplo, há quem vá a Aparecida do Norte para agradecer a Nossa Senhora
(Maria) por um pedido alcançado como se ela estivesse lá. Caminham quilômetros,
carregam cruzes, velas, sobem ladeiras de joelhos, etc. Nós espíritas
questionamos: "será que ela não ficaria mais contente se fizessem
algo por alguém para retribuir o que "ela" fez?" O
sacrifício que Maria, Deus, Jesus e os benfeitores espirituais querem de nós é
o da alma e não a do corpo físico. É a reforma íntima onde nos despojamos dos
sentimentos, atitudes e palavras inferiores. Estes Espíritos de grande evolução
que viveram e vivem conosco neste planeta devem ser exemplos para que sigamos
seus ensinamentos na prática e não para virarem "santos(as)" para
que, depois de sua desencarnação fiquemos pedindo, pedindo e pedindo. Aliás,
eles também fazem seus pedidos e nós não lhes damos ouvidos. Perguntemos:
"Como estamos tratando nossos familiares, nossos colegas de escola ou
trabalho?" "Nós perdoamos ou revidamos as ofensas?"
"Respeitamos os mais velhos, os animais, as crianças, o próximo e a nós
mesmos?" Enquanto isso, muitos comercializam o nome de Maria e sua falsa
imagem, pois ela era simples como o filho, não usaria coroa de ouro e não
aceitaria estar vestida com roupa cuja franja é de ouro 14 K, as lantejoulas
vieram da Tchecoslováquia, o veludo é inglês e sua imagem é guardada em uma
caixa de ouro. Precisamos lembrar que Jesus repreendeu o comércio no templo
religioso. Este é o que o espírita pensa, sem querer impor ou ir contra quem
pensa e age de maneira diferente.
OS ESPÍRITAS ACREDITAM EM MILAGRE? As curas realizadas por Jesus,
por exemplo, foram consideradas pelo povo como milagres, no sentido que a
palavra tinha na época: o de coisa admirável, prodígio. Atualmente, o
Espiritismo esclarece que os fenômenos de curas se dão pela ação fluídica,
transmissão de energias, intervenção no períspirito, e permite examinar e
compreender as curas realizadas por médiuns (espíritas ou não); por pessoas
dotadas de excelente magnetismo; ou direto pelos socorristas (santos)
desencarnados. Essa explicação não diminui nem invalida as curas admiráveis,
feitas por Jesus; pelo contrário, leva-nos a reconhecer que Jesus tinha alto
grau de sabedoria e ação, para poder acionar assim as leis divinas e produzir
tais fenômenos. Os fatos como milagres nada mais são do que fenômenos;
fenômenos que estão dentro das leis naturais; são efeitos cuja causa escapa à
razão do homem comum. Podem ocorrer sempre que se conjuguem os fatores
necessários para isso.
E A VIRGINDADE DE MARIA? A virgindade perene de Maria, defendida
pelos teólogos medievais, mesmo os mais ilustres como Agostinho e Tomás de
Aquino, entranhou-se de tal forma na mente popular que se incorporou ao seu
nome. Os fiéis evocam a Virgem Maria. No entanto, a virgindade da mãe de Jesus,
que teria sido preservada mesmo depois do parto, contraria os textos
evangélicos, onde está registrado que ela teve outros filhos. Em Mateus
(13:53-56) diz o povo, em Nazaré, onde Jesus acabara de fazer uma pregação: Não
é este o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não
são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs, não moram conosco? Então, de onde
vem tudo isso? Pretendem os teólogos que os enunciados irmãos de Jesus eram
primos ou, então, filhos de um primeiro casamento de José. Mera especulação.
Por outro lado, Lucas foi o único evangelista a registrar o episódio da
anunciação. Médico grego, discípulo do apóstolo Paulo, não conviveu com Jesus.
Escreveu seu Evangelho com base na tradição oral (transmissão oral de fatos ),
décadas mais tarde. Jesus tornara-se uma figura mitológica, e nada melhor para
exaltar o homem mito do que situá-lo como filho de uma virgem. Outro motivo
ponderável para que se optasse pela virgindade de Maria: o sexo.
O simbolismo sobre o suposto pecado cometido por Adão e Eva resultou na perda
do paraíso, como encontra-se no Livro Gênese, do Velho Testamento. Sexo,
portanto, era sinônimo de pecado. Os casais eram orientados a buscar a comunhão
carnal apenas com o objetivo de procriação. Os teólogos, buscavam fórmulas para
que o sexo, que não podiam proibir, sob pena de extinguirem a raça humana,
fosse minimizado na vida familiar e exercitado não como parte da comunhão
afetiva, mas exclusivamente para a procriação.
O sexo era vedado aos domingos, dias consagrados ao Senhor; no jejum de
quarenta dias, antes da Páscoa; vinte dias antes do Natal; dias antes de
Pentecostes; três ou mais dias antes de receber a comunhão; durante o período
menstrual, semanas entes e depois do parto . . . Quanto menos tempo disponível,
menos pecado. Para conter os fiéis apregoava-se que o sexo nos períodos
proibidos gera filhos deficientes físicos e mentais e doenças como a lepra e a
tuberculose. Vítimas inocentes das supostas artes do original casal, estamos
todos maculados pelo seu “pecado”. Todos menos Maria. Por graça de exceção ela
teria nascido pura, imaculada. A ideia da “imaculada conceição” gerou um
problema para os teólogos. Segundo o dogma do pecado original experimentamos a
morte por causa dele. Então, se Maria nasceu sem essa mácula não poderia
morrer. Resolveu-se a questão com outro dogma: a assunção de Maria. Ela não
morreu. Foi arrebatada aos céus em corpo e espírito! Não há limites para a
fantasia quando renunciamos à lógica e ao bom senso.
Kardec situa Maria como a imaculada, não sob o ponto de vista físico, mas
espiritualmente. Porque para nós espírita SEXO não é pecaminoso. Pecaminoso é a
maneira que alguns utilizam o SEXO. Porque este foi feito para gerar vida, e
muitos acham que a vida foi feita para o sexo. Se sexo fosse errado, Deus teria
arrumado outro meio para que seus filhos fossem gerados na Terra. Portanto,
para nós espíritas, Maria será sempre um grande espírito, tenha ela sido virgem
ou não.
DE QUEM É A FOTO ACIMA? É de Maria, ditada por Emmanuel ao pintor
Vicente Avela através da mediunidade de Chico Xavier. Em uma rápida entrevista,
Chico frisou que a fisionomia de Maria é tal qual Ela é conhecida quando suas
visitas às esferas espirituais mais próximas e perturbadas da crosta terrestre;
como a Legião dos Servos de Maria que agem na instituição em amparo aos
suicidas que está detalhado no livro Memórias de um suicida.
OBSERVAÇÃO: NÃO SOMOS CONTRA QUEM PENSA E AGE DE MANEIRA CONTRÁRIA,
COLOCAMOS AQUI O QUE NÓS ESPÍRITAS PENSAMOS SOBRE MARIA E COMO A RESPEITAMOS.
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