O LIVRO DOS
ESPÍRITOS. CAPITULO VI.
RELAÇÕES ALÉM-TÚMULO.
No mundo Espiritual, de acordo com o grau de
evolução dos Espíritos, se estabelecem entre eles uma hierarquia de poderes,
havendo subordinados e autoridade.
Lá os Espíritos inferiores não podem diminuir à
autoridade dos superiores.
Quando encarnado na Terra e tendo aqui
algum poder ou autoridade,
não lhe dão supremacia no mundo Espiritual.
Quanto a elevação e esse rebaixamento,
se dá de acordo com a máxima de Jesus que diz: Quem se humilhar será exaltado,
e quem se exaltar será humilhado. Isto quer dizer que se o Espirito encarnado
que foi patrão de alguém aqui, lá poderá ser subordinado ao seu empregado, tudo
dentro do merecimento de cada um. Este que foi patrão aqui ao se ver nesta
situação, se sente sim humilhado, sobretudo se era orgulhoso e invejoso.
Damos como exemplo aquele soldado que
teve aqui um general, ao desencarnar se encontra com o seu superior, ele não o
reconhece nesta qualidade, porque o título não é nada lá, a superioridade real
é tudo.
Os Espíritos lá, mesmo sendo de
diversas categorias ficam misturados, isto é, ele se veem, mas acabam se
distinguindo uns dos outros, se afastando ou se aproximando segundo a diferença
e semelhança, ou divergências de seus sentimentos. Os da mesma ordem se reúnem
por afinidade, e formam grupos ou familiares unidos pela simpatia e pelos
propósitos. Os bons pelo desejo de praticarem o bem, os maus pelo desejo de
praticarem a maldade, isto pela vergonha de suas faltas e pela necessidade de
se encontrarem entre os seres semelhantes a eles.
Quanto ao acesso entre os Espíritos,
os bons vão por toda a parte, para que possam exercer sua influência sobre os
maus. Mais as regiões habitadas pelos bons são restritas aos imperfeitos, com a
finalidade de que não levem distúrbios das mas paixões.
A relação entre os bons e os maus tem
por objetivo, os bons procurarem combater as más tendências dos outros, afim de
ajuda-los a subir, sendo esta uma missão. Já os Espíritos inferiores se comprazem
com a maldade, por despeito de não terem merecido estar entre os bons. E no
fundo da intenção deles é impedir que os ainda inexperiente atinjam o bem
supremo.
Os Espíritos se comunicam entre si
através do veículo chamado transmissão de pensamento. Isto é estabelecido pelo
fluido universal que estabelece entre eles uma comunicação constante.
O Espíritos não podem esconder seus
pensamentos uns dos outros, porque para eles tudo permanece descoberto,
principalmente quando são perfeitos. Podem até se distanciar, mas sempre se
veem, porque uns podem até se tornar invisíveis para outros, se julgando úteis
faze-lo.
Os Espíritos que não possuem mais o
corpo físico, constatam a sua própria individualidade pelo Períspirito, que os
tornam seres distintos uns para os outros.
Os Espíritos se reconhecem lá, por
terem convivido aqui no nosso planeta Terra. O filho reconhece o pai, o amigo
seu amigo, e assim de geração a geração. Lá os Espíritos encarnados que se
conheceram aqui, se reconhecem no mundo dos Espíritos, porque veem a vida
passada e leem como se fosse num livro. Vendo o passado dos seus amigos e de
seus inimigos, acaba vendo o seus desencarne como foi.
Os Espíritos ao deixarem o corpo
físico, nem sempre veem imediatamente os parentes e amigos que o precederam no
mundo dos Espíritos. Isto porque levam um tempo para reconhecerem o seu estado
de Espírito desencarnado, e se despojar da vida material.
Quando um Espírito desencarna, ele é
recebido no mundo material como um irmão bem amado e longamente esperado. O do
mau, é como se fosse um ser que se desprega. Os maus ficam satisfeitos de verem
seres iguais a eles, e como eles privados da felicidade infinita.
Quando um Espírito encarnado
desencarna os parentes e amigos veem ao encontro da alma que estimam, felicitando-
como se regressa-se de uma viagem, e se escapou aos perigos do caminho, o
ajudam a se desprender dos liames corporais. (Liame é um fio metálico que
prende o Espírito ao corpo enquanto está aqui encarnado). Isso é um favor
concedido aos bons Espíritos, enquanto que os manchados ficam no isolamento ou
cercados somente de Espíritos semelhantes a eles, sendo isto uma punição.
No mundo Espiritual os parentes e
amigos se reúnem, isso dependendo de sua elevação e do caminho que seguem para
seu adiantamento. Se um está mais adiantado e marcha mais rápido que o outro,
não poderão ficar juntos, sendo como se fosse uma espécie de punição. Só
poderão se ver somente algumas vezes, a não ser quando possam marcharem ombro a
ombro, ou quando estiverem atingido o mesmo grau de perfeição.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos.
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