CAPÍTULO IX. INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS
A AFABILIDADE E A DOÇURA
Dentro das
instruções dos Espíritos, o irmão Lazaro em Paris no ano de 1.861, descreve
para nós este tema que quer dizer a delicadeza e a doçura já diz o que
significa.
A
benevolência para com o nosso semelhante, significa ser o fruto do amor ao
próximo, que vem a produzir a delicadeza e a doçura.
Não é preciso
se apegar nas aparências, onde a educação e o hábito podem dar verniz para
essas qualidades.
O mundo está
cheio de pessoas que possuem o sorriso nos lábios e o veneno no coração; são
brandas enquanto nada lhes acontece, mas que se deixam levar pela ira e a
cólera à menor contrariedade.
Essas pessoas
são aquelas que fazem a sua família sofrer e seus subordinados por causa do seu
orgulho e da sua vaidade, que lhes trazem problemas. Aquilo que eles plantam
acabam colhendo, e às vezes até culpando Deus pensando ser castigo por parte
Dele. Mas esquecem da lei das causas e efeitos, que é tudo aquilo que plantamos
haveremos de colher.
Damos como
exemplo, o ódio que dão aos outros e acabam recebendo para si. Eles querem ser
temidos por aqueles que não podem resistir-lhe, aonde o seu lema vem a ser:
“Aqui eu mando e sou obedecido”, e que pode ser substituído pelo sinônimo, “eu
sou detestado”.
Não basta se
esconder atrás das aparências, e sim daquilo que vem do coração, tirar o
fingimento de sua vida. Os que não são fingidos, nunca se contradizem jamais,
sendo os mesmos no mundo da intimidade. Eles sabem que pode enganar aos seres
humanos, mas a Deus nunca.
Tudo isto que
o irmão descreveu, quer dizer que a benevolências para com os semelhantes, é
fruto do amor ao próximo, onde acaba produzindo a afabilidade e doçura. Mas nem
sempre no mundo em que vivemos podemos confiar nas aparências, que às vezes
existem muitos lobos fantasiados de cordeiros.
Tem pessoas
que se apresentam doces contando que ninguém venha a molesta-los, mas que
mordem a menor das contrariedades.
Estas pessoas
são aquelas que pertencem ao mundo dos benignos fora de casa, mas tiranos
dentro dela, que fazem da sua família serem seus subordinados. Não conseguindo por
sua autoridade aos outros, querem pelos menos serem temidos pelos que não podem
resistir-lhes.
Sua vaidade
lhes satisfaz, porque a sua palavra vem a ser a ordem do dia, como por exemplo:
“Aqui eu
mando e sou obedecido”, sem pensar que com isso está sendo detestado.
Não adianta a
pessoa se apresentar com os lábios cheios de mel, e com o coração cheio de
hipocrisias. Aqueles que se apresentam dentro da afabilidade e a doçura não são
fingidos, onde jamais serão detestados, e sim amados.
Bibliografia.
O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem escrita e interpretada pelo Médium
Getulio Pacheco Quadrado.
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