CAPÍTULO X - INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS-PERDÃO
DAS OFENSAS.
Dentro das
instruções dos Espíritos, Simeão em Bordéus, no ano de 1.862, conta que uma vez
perguntaram a Jesus quantas vezes devemos perdoar, e Ele respondeu: “Vos lhes
perdoareis não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes”. Simeão diz que estas
palavras se resumem em uma oração resumida. Que Jesus também uma vez respondeu
a Pedro: “Tu perdoaras, mas sem limites; perdoaras cada ofensa, ainda que esta
seja feita com frequência; ensinaras aos teus irmãos o esquecimento deles
próprios, que os tornará invulneráveis contra o ataque dos maus procedimentos,
e as injurias; será brando e humilde de coração, não medindo jamais a sua
mansuetude. Farás enfim, o que desejas que o Pai Celestial faça por ti; não a
tem Ele de te perdoar com frequência, e contra o número de vezes que seu perdão
desce para te apagar tuas faltas”?
O Bom Espírito
nos adverte para que escutemos e meditemos estas palavras de Jesus proferidas a
Pedro. Que façamos desta o nosso lema. Que perdoemos e que usemos da
tolerância, e que sejamos caridosos e generosos, pródigos mesmos. Que tudo
aquilo que façamos, o Pai Celestial estará fazendo por nós e nos perdoará. Que
devemos nos abaixar, porque o Senhor nos elevará. Que nos humilhemos porque o
Senhor nos fará sentar-se a sua direita. Ele conclama para que estudemos e
comentemos estas palavras que Jesus nos dirige do alto do Esplendor Celeste, e
voltados para todos nós, continuando com muito amor a tarefa que começou há
séculos atrás.
Que devemos
perdoar como temos a necessidade disto, e se os atos nossos foram prejudiciais,
devem ser motivo para sermos tolerantes, porque o mérito do perdão é
proporcional à gravidade do mal. Que não haveria nenhum mérito em relevar os
erros de nossos irmãos, se eles não houvessem feito senão ofensas leves.
Alertam aos
verdadeiros Espíritas, que não olvidem estas palavras, e que o perdão contido
nestas palavras não fique no esquecimento. Que devemos ser verdadeiros
Espíritas, olvidando o mal, e que pensemos somente no bem que possamos
praticar, e que aquele que está nesse caminho não deve jamais abandoná-lo mesmo
pelo pensamento. Que posamos deixar de lado o rancor, e que Deus sabe o que
está alojado em nossos corações. Que feliz será aquele que pode dormir
sossegado, dizendo nada tenho contra o meu irmão.
Já Paulo,
Apóstolo, em Lião no ano de 1.861, conclui que perdoar os inimigos é o mesmo
que pedir perdão para nós mesmos. Que fazer isto vem a ser uma prova de amizade
e demonstrar que se tornamos melhores. Portanto vamos perdoar para que Deus nos
perdoe. Mais se formos inflexíveis exigentes, ele pergunta como que gostaríamos
que Deus nos perdoasse? E que aquele que falar nunca perdoarei, estará
assinando a sua própria condenação, porque tudo aquilo que plantarmos haveremos
de colher. Ele recomenda que verifiquemos primeiro de tudo se não fomos o
agressor, e se não redigimos uma palavra ofensiva?
O Bom Espírito
nos chama atenção, para verificarmos se a ocasião que o nosso adversário tenha
errado, não teríamos tido uma bela oportunidade para sermos indulgentes.
Pergunta de quem de nós poderá afirmar que não tenhamos envenenado a situação
com represália, coisa que poderia ter ficado no esquecimento? Se não poderíamos
ter impedido as consequências, e se a ocasião não era uma bela oportunidade
para demonstramos sermos tolerantes?
Bibliografia:
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Mensagem escrita e interpretada pelo Médium
Getulio Pacheco Quadrado.
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