quarta-feira, 28 de outubro de 2020

UNIÃO DA ALMA E DO CORPO.

 O LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPÍTULO VII.

UNIÃO DA ALMA E DO CORPO.

 

A união do Espírito com o corpo físico começa bem antes de tudo, mas ela se dá quando do nascimento do ser humano. O Espírito se liga por um laço fluídico ao corpo físico designado, que se encurta cada vez mais, até o instante em que a criança nasce, e com o grito desta se dá a união definitiva.

A união deles é definitiva, porque outro Espírito não poderia substituir o designado; mas como os laços que o prendem são frágeis e fácil de se romper, e pela vontade do Espírito que recua ante a prova escolhida a criança não nasce.

Se o corpo vier a perecer antes do reencarne, o Espírito escolhe outro. As mortes prematuras geralmente se dão pelas imperfeições da matéria em si. A utilidade destas mortes para o Espírito não afeta nada, porque ele ainda não tinha consciência da sua existência. Mas serve sim como prova para os pais. Geralmente o Espírito já sabe disso com antecedência, mas se escolheu por este motivo, é que acaba recuando ante a prova.

Quando se dá esta falha o Espírito nem sempre reencarna imediatamente, pois ele necessita de tempo para escolher de novo, a menos que venha de uma determinação anterior.

O Espírito uma vez unido ao corpo físico, ele não se lamenta da escolha feita, porque não sabe que a escolheu, pois não tem consciência disto. Mas pode achar muito pesada a carga, e as vezes pensando assim acaba recorrendo ao suicídio.

Desde o instante da concepção, a perturbação começa a envolver o Espírito, advertindo que chegou a hora de reencarnar; esta vai crescendo até o nascimento. Nesse intervalo seu estado é mais ou menos de um Espírito encarnado. A medida que o nascimento se aproxima, as suas ideias se apagam, assim como a lembrança do passado.

Por ocasião do nascimento, o Espírito não recobra imediatamente a plenitude de suas faculdades. Elas se desenvolvem gradualmente com os órgãos. É preciso que ele aprenda a se servir dos seus instrumentos, onde as ideias lhe voltam pouco a pouco.

O Espírito que deve animar um corpo físico, mesmo que a união não deva estar consumada, o Espírito sempre existirá. Mas o corpo físico não tem uma alma, pois a encarnação está apenas em vias de se realizar, mas está ligado ao corpo por um fio fluídico.

A vida intrauterina, é o mesmo da planta que vegeta, onde o ser humano possui em si a vida animal, a vegetal, que completa ao nascer com a Espiritual.

 Quando a criança que desde o ventre na mãe não tem possibilidade de viver, é porque Deus permite ser uma prova, seja para os pais e para o Espírito destinado a encarnar.

 Entre os natimortos existe alguns, a cujos corpos físicos nunca nenhum Espírito esteve destinado. Nada tinha que se efetuar para eles. Tais crianças então só vem por seus pais. Um ser desta natureza pode chegar ao nascimento, porém algumas vezes não vive.

No sentido normal, toda criança que nasce, tem que ter um Espírito encarnado em si.

No caso de aborto, a consequência que pode trazer para o Espírito, é uma existência nulificada, e que terá que recomeçar tudo de novo. A provocação do aborto se constitui crime, porque transgride as leis de Deus, pois impede uma alma passar pelas provas pelo corpo físico que estava se formando. No caso de provocação do aborto, que sacrifique o ser do que aquele que já existe aqui em nossa Terra é preferível.

Vem a ser racional que dediquemos o mesmo respeito aos fetos, como pelo corpo de uma criança que já tenha vivido porque são desígnios de Deus.

 

Bibliografia: O Livro dos Espíritos.

 

 

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