sábado, 24 de outubro de 2020

CASAMENTO E CELIBATO.

 


O LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPÍTULO IV.CASAMENTO E CELIBATO.

O casamento, ou seja, a união permanente de dois seres é um progresso na marcha da Humanidade.

O efeito da abolição do casamento sobre a sociedade humana seria o

retorno à vida dos animais.

Comentário de Kardec: A união livre e fortuita dos sexos pertence ao estado de natureza. O casamento é um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e se encontra entre todos os povos, embora nas mais diversas condições. A abolição do casamento seria, portanto, o retorno à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de alguns animais que lhe dão o exemplo das uniões constantes.

A indissolubilidade absoluta do casamento é uma lei humana muito contrária à lei natural. Mas os seres humanos podem modificar as suas leis; somente as naturais são imutáveis.

0 celibato voluntário, não é um estado de perfeição meritório aos olhos de Deus. E os que vivem assim, por egoísmo, desagradam a Deus e enganam a todos.

É bem diferente o emprego do celibato, quando existe um sacrifício para algumas pessoas que desejam devotar-se mais inteiramente ao serviço da Humanidade.

Todo sacrifício pessoal meritório, quando feito para o bem; quanto maior o sacrifício, maior o mérito. Mas tem pessoas que o empregam por egoísmo.

Comentário de Kardec: Deus não se contradiz nem considera mal o que ele mesmo fez. Não pode, pois, ver um mérito na violação de sua lei. Mas se o celibato, por si mesmo, não é um estado meritório, já não se dá o mesmo quando constitui, pela renúncia às alegrias da vida familiar, um sacrifício realizado a favor da Humanidade. Todo sacrifício pessoal visando ao bem e sem segunda intenção egoísta eleva o homem acima da sua condição material.

 

Bibliografia: O Livro dos Espíritos.

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