O
LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPÍTULO IV.CASAMENTO E CELIBATO.
O
casamento, ou seja, a união permanente de dois seres é um progresso na
marcha da Humanidade.
O efeito da
abolição do casamento sobre a sociedade humana seria o
retorno à vida dos animais.
Comentário de Kardec: A união livre e fortuita dos sexos
pertence ao estado de natureza. O casamento é um dos primeiros atos de
progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e
se encontra entre todos os povos, embora nas mais diversas condições. A
abolição do casamento seria, portanto, o retorno à infância da Humanidade e
colocaria o homem abaixo mesmo de alguns animais que lhe dão o exemplo das
uniões constantes.
A
indissolubilidade absoluta do casamento é uma lei humana muito contrária à
lei natural. Mas os seres humanos podem modificar as suas leis; somente as
naturais são imutáveis.
0 celibato
voluntário, não é um estado de perfeição meritório aos olhos de Deus. E os que vivem
assim, por egoísmo, desagradam a Deus e enganam a todos.
É bem
diferente o emprego do celibato, quando existe um sacrifício para algumas
pessoas que desejam devotar-se mais inteiramente ao serviço da Humanidade.
Todo sacrifício pessoal meritório,
quando feito para o bem; quanto maior o sacrifício, maior o mérito. Mas tem
pessoas que o empregam por egoísmo.
Comentário de Kardec: Deus não se contradiz nem considera mal o
que ele mesmo fez. Não pode, pois, ver um mérito na violação de sua lei. Mas se
o celibato, por si mesmo, não é um estado meritório, já não se dá o mesmo
quando constitui, pela renúncia às alegrias da vida familiar, um sacrifício
realizado a favor da Humanidade. Todo sacrifício pessoal visando ao bem
e sem segunda intenção egoísta eleva o homem acima da sua condição
material.
Bibliografia: O
Livro dos Espíritos.
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