sábado, 10 de março de 2012






CONSIDERAÇÕES SOBRE O NATAL

Consultando a internet e tendo como bibliografia à Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura, Lisboa, a qual nos esclarece alguns pormenores tais como:
Com referência a data do nascimento do Cristo, esta sempre esteve envolvida em controvérsias. Para uns seria dia 1º de Janeiro, para outros 6 de Janeiro, 25 de Março e 20 de Maio. Já os Chineses acham que a data seria em Março, que foi quando um cometa tal qual a estrela de Belém reluziu na noite asiática. Dizem que a data festiva de 25 de Dezembro é um arranjo inventado pela igreja, e enriquecida através dos tempos pela incorporação de hábitos e costumes de várias culturas: por exemplo, a alemã contribuiu com  à árvore natalina no século VIII; o tal do Papai Noel foi criado na Turquia no século IV; os cartões de natal surgiram na Inglaterra em meados do século XIX.
Com referência a manjedoura, cuja estória ouvimos falar que Jesus nascera nela rodeada de animais, um monge afirma não ser a verdade, que Ele nascera em um estábulo, porque a casa de José era pequena para abrigar toda a sua família. Em termos simbólicos a tal manjedoura veio a revelar o caráter simples e humilde daquele que seria o maior revolucionário de todos os tempos, sem que precisasse se escrever uma única palavra.
Ali é revelado que o nascimento de Jesus fora anunciado pelos profetas da antiguidade, nos seguintes termos: “Eis que a Virgem concebera e dará luz a um filho, e Ele será chamado de Emanuel que quer dizer Deus convosco”.  Já os Judeus não entenderam a grande mensagem do Salvador, pois o esperavam na condição de rei, de governador, mas Jesus sempre afirmou ser Rei, mas não desse mundo, enaltecendo assim a continuidade desta vida, ou seja, da vida futura muito mais proveitosa e sem dificuldades materiais da vida presente.
O nascimento de Jesus vem a coincidir com a percepção de uma nova luz para a humanidade sofredora, onde os seus ensinamentos não devem modificar apenas uma pessoa e sim a humanidade. Numa simples visão, vemos que o mundo daquele tempo se transformou com a vinda do nosso Mestre Jesus. A educação era precária, onde o cativeiro era consagrado por lei, os pais podiam vender seus filhos, etc. Com os ensinamentos de Jesus, iluminados pela Divina influência, os discípulos se consagraram ao serviço dos semelhantes. Simão Pedro e os companheiros se dedicaram aos doentes e infortunados; instituíram casas de socorro para os necessitados e outros.
O Espírito de Natal deve ser entendido como a recordação dos ensinos do Cristo em cada uma de nossas ações.  Devemos ter este Espírito todo ano estendendo simpatia para com todos, e assim estaremos aplicando a Boa Nova trazida por Jesus. Devemos lembrar de que as riquezas da vida somos simplesmente usufrutuárias, e não proprietários dos bens terrenos.
Quanto ao Papai Noel que simboliza o Natal, é utilizado pelos comerciantes para incrementar a venda dos seus produtos. O Espírito do Natal esta relacionado com a fartura na mesa, a quantidade de brinquedos e outros produtos que o consumidor possa ter no seu lar. À semelhança dos reflexos condicionados, estudados por Pavlov, há repetição, intensidade e clareza dos estímulos à compra, dando-nos a entender que estamos comemorando o renascimento do Cristo. Se não prestarmos atenção, cairemos na armadilha do consumismo exacerbado, dificultando a medição e a reflexão durante esta data tão especial para a Humanidade.
A história esta repleta de conquistadores: por exemplo, Sesóstris, em seu carro triunfal, pisava em escravos e vencidos em nome do Egito sábio; Napoleão atacando os povos visinhos. As maiorias desses homens fizeram as suas conquistas à custa de punhal e veneno, perseguindo a força, usando exercito e prisões, assassínio e tortura.
“Jesus, entretanto, perdoando e amando, levantando e curando, modificou a obra de todos os déspotas e legisladores que procediam do Egito e da Assíria e da Fenícia, da Grécia e de Roma, renovando o mundo inteiro. Não mobilizou soldados, mas ensinou a um punhado de homens valorosos a luminosa ciência do sacrifício e do amor. Não argumentou com reis e com filósofos, entretanto conversou fraternamente com algumas crianças e mulheres humildes, semeando a compreensão superior a vida no coração popular”.
De acordo com os princípios doutrinários do Espiritismo, Jesus foi o personificador da segunda revelação da lei de Deus, pois a primeira viera com Moisés no monte Sinai, onde recebera a tábua dos dez mandamentos. Como Moisés misturou a lei humana com a Divina, Jesus veio a retificar o que de errado havia, como é o caso de transformador da lei ”olho por olho” e a do “dente por dente” na lei do amor e do perdão. A sua pregação da boa nova veio a ensinar aos homens a lei das causas e efeitos e da justiça Divina, quer seja nesta ou na outra vida, ou seja, a vida futura. Allan Kardec, com o auxilio dos Espíritos Superiores, deu continuidade a este grande obra de elucidação dos caminhos da evolução.
Na noite em que é comemorado a Natividade do Menino Jesus, nós os Espíritas devemos nos lembrar o nascimento da Doutrina Espírita, entendida como terceira revelação, um novo marco no desenvolvimento espiritual da humanidade, em que todos os problemas, todas as dúvidas, todas as dores serão explicadas à luz da razão e do bom senso. Dentro deste contesto, a lei da reencarnação é um dos princípios fundamentais para o perfeito entendimento e do sofrimento e da dor. De acordo com a reencarnação, ou a diversidade das vidas sucessivas, temos condições de melhor vislumbrar o nosso futuro, que nada mais é do que uma continuidade daquilo que estivermos fazendo nesta vida. Optando pela prática do bem, teremos uma vida futura feliz; escolhendo o mal, teremos que sofrer as suas conseqüências.
Concluindo, Jesus através dos seus emissários, esta sempre falando conosco no sentido de nos incentivar a amar cada vez mais o nosso próximo, independe de como estejam nos tratando, onde se pergunta? Que vantagem teríamos em amarmos somente os que nos amam.



CENTRO PARANAENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS
Grupo Irmão Cacique, trabalho às Quintas Feiras, às 14 horas.
Rua. Lamenha Lins, 1.925/1.927. Curitiba. PR
Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

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